Acordo de R$ 1,7 milhão conduzido pelo TRT-MG evita fechamento de empresa de consultoria contábil
O TRT-MG finalizou, neste mês de maio, uma série de acordos trabalhistas com a empresa COAD, especializada em consultoria contábil, tributária e jurídica, num total de R$ 1,7 milhão. Ao todo foram firmados seis acordos em processos que tramitavam na JT de Minas desde 2015. O processo de conciliação foi realizado pelo Centro de Métodos Consensuais de Solução de Disputas de 2º Grau (Cejusc2-JT) a pedido da própria empresa de consultoria, que corria o risco de fechar as portas, o que levaria a levaria a demitir os seus últimos 160 empregados.
Segundo o coordenador do Cejusc2, juiz Antônio Gomes de Vasconcelos, a meta era negociar os acordos de forma consensual para quitar o passivo trabalhista da empresa em Minas Gerais, dentro de suas condições econômico-financeiras. De acordo com o magistrado, os bloqueios financeiros, que já vinham sendo efetuados pelos juízos de execuções, estavam colocando em risco a sobrevivência da empresa e o regular desenvolvimento de atividades, especialmente o pagamento de salários. “Ela estava com dificuldade em seu fluxo de caixa e consequentemente em conseguir créditos por conta dos bloqueios das ações”, explicou o magistrado.
Instalada no Brasil há mais de 50 anos, a marca de consultoria se consolidou como referência na área fiscal, trabalhista e jurídica para profissionais de contabilidade, tributaristas, advogados e gestores. No auge do seu funcionamento, o número de empregados registrados chegou a mil. Mas passava por dificuldades financeiras, tendo que substituir empregados e investir em novos recursos tecnológicos para impulsionar o empreendimento. Em Minas Gerais, a unidade localizada em Belo Horizonte foi fechada. A empresa continua em atividade, com matriz no Rio de Janeiro e empregando 160 pessoas.
Cada acordo homologado prevê uma forma específica de pagamento pela empresa aos seis ex-empregados. O maior deles, no total de R$ 950 mil, deverá ser quitado em 59 parcelas, com início previsto para 19 de julho deste ano. “Foram três meses de negociação, num esforço conjunto de nossa equipe. A solução deste caso era a condição sine qua non para que a empresa conservasse a esperança de sobreviver, mantendo os empregos que ainda gera no Rio de Janeiro, e seus antigos empregados em Minas pudessem receber seus créditos trabalhistas ”, comemora o juiz.