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Centro Cultural inaugura exposição Raízes da Alma

publicado: 08/10/2025 às 23h52 | modificado: 09/10/2025 às 14h43

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Resumo em texto simplificado

O Centro Cultural da Escola Judicial do TRT-MG inaugurou a exposição "Raízes da Alma" com apresentação musical e presença de diversos artistas. A mostra gratuita, que pode ser visitada até 7 de novembro, reúne esculturas e pinturas que abordam temas como negritude, saúde mental, natureza, caligrafia e encadernação.

Saiba mais sobre esta iniciativa

Um breve evento de abertura, realizado no início da noite desta quarta-feira (8/10), deu início à exposição coletiva Raízes da Alma, no Centro Cultural do TRT-MG. Pouco depois das 19h, na entrada do prédio, de frente para a Praça da Estação, o som do músico e escultor cubano Eugenio Clavelles Arredondo tocando o “steel drums”, um instrumento vindo de Trinidad e Tobago, deu início às atividades. O artista é um dos expositores da “Raízes da Alma”.

Após a apresentação musical, o público foi convidado a subir ao terceiro andar. No auditório, com uma tela ao fundo que expunha as obras dos diferentes artistas, a curadora do Centro Cultural e desembargadora aposentada, Emília Facchini, falou sobre o acervo de obras que estão sendo expostas e anunciou a exposição como experiência única e marcante. Ela ainda reafirmou o compromisso do Tribunal com a valorização de expressões que ampliam o olhar sobre o mundo e expôs a proposta do Centro Cultural que, desde 2023, firma-se como ambiente aberto, dinâmico e vibrante, chamando os artistas para se apresentarem e falarem dos seus trabalhos.

 O artista Eugênio Arredondo tocando steel drum no lançamento da Exposição Raízes da Alma

O artista Eugênio Arredondo tocando steel drum no lançamento da Exposição Raízes da Alma

Visite a exposição

Até o dia 7 de novembro, estarão expostas esculturas e pinturas que falam sobre a negritude, saúde mental e natureza. Além disso, por meio de pinturas e outros elementos, o artista Carlos Rodrigues apresenta a trajetória da encadernação e da caligrafia, mostrando estilos de letras utilizados quando não havia impressão e os textos eram copiados. Há também uma série de esculturas em madeira, de autoria do casal formado pelos artistas Eustáquio e Helena, em homenagem aos 123 anos do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade.

O acervo pode ser visitado de forma gratuita, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h, no Centro Cultural do TRT-MG, localizado na Rua da Bahia, 112, no Centro de Belo Horizonte.

foto do hall do Centro Cultural com visitantes da exposição

A desembargadora Emília Facchini opina que se trata de uma exposição inusitada, que dá a oportunidade a artistas para exporem seus sentimentos de raça, cor, gênero. “É algo muito sutil, algo muito sensível que eu acho que vai comover a todos e vai impressionar todo o público que frequenta o Centro Cultural”, avalia ela ao mesmo tempo em que expressa a felicidade por proporcionar essa divulgação.

As obras foram selecionadas a partir do material recebido após a publicação de um edital público em 2024. A curadora do Centro Cultural esclareceu que outros inscritos terão suas obras expostas em eventos futuros.

Conhecendo os artistas e as obras

Barbara Rigamonte pinta para tratar do problema da saúde mental, apresentando o corpo em diferentes posturas e expressões nas quais expõe situações, sentimentos e angústias. A artista disse que não espera que quem conhece sua obra sinta o mesmo que ela sentiu ao fazê-la, mas espera que consiga sentir alguma coisa. Para ela, trata-se de um tema contemporâneo que deveria ser mais debatido.

O artista cubano Eugenio Clavelles Arredondo revelou ter recebido o instrumento musical com o qual deu início ao evento da noite das mãos do ministro da Cultura de Trinidad e Tobago. Ele recebeu o presente quando esteve no arquipélago fazendo um projeto de educação musical com crianças, na metade da década de 80. Eugenio é professor de percussão latina, caribenha e africana e acabou iniciando sua experiência com a escultura depois de ter se desenvolvido profissionalmente na música. Há cinco anos morando no Brasil, diz que a sua obra composta por esculturas talhadas em madeira tem por objetivo ressaltar a beleza da raça negra. Segundo ele, Brasil e Cuba tem, em comum, uma herança africana muito bonita. “É necessário trabalhar mais para que as pessoas possam ver a beleza que existe na África, a beleza que pode existir no Caribe e na América Latina

Carlos Rodrigues busca conscientizar a sociedade sobre o valor da cultura, da leitura e do conhecimento, porque acredita que sem esses três pilares, a humanidade não se sustenta. Ao expor obras que retratam os primórdios da reprodução da escrita, busca romper barreiras e fronteiras, mostrando que o diálogo, o conhecimento e a cultura formam o caráter da sociedade que expressa a democracia. “No decorrer dos anos, a gente vai ter a experiência de vários tipos de letras: islâmica, gótica e iluminura, que era um processo utilizado na época em que não havia impressão, então eles copiavam para chegar ao conhecimento que temos hoje”, explica o artista. Para ele, o olhar ao passado serve como referência para um futuro melhor, pois o objetivo da encadernação e da escrita é o de quebrar todas as barreiras da ignorância e proporcionar isso.

Sanzio expõe por meio de pinturas a ecologia urbana e a inteligência artificial, intermediados pela cultura. Ele une retratos de paisagem, com a velocidade das imagens geradas pela IA, relacionando o natural e o artificial.

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