Alunos da UFMG participam de Laboratório de Atividades Judiciais
Cerca de 80 alunos do 9º período do curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participaram, na manhã desta sexta-feira (18), do Laboratório de Atividades Judiciais do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG), no 11º andar do prédio do Centro de Memória, na rua Curitiba.
Acompanhados pela professora e juíza de 1ª instância, Adriana Goulart de Sena Orsini, os alunos receberam as boas vindas da servidora Renata Maria Safe e assistiram ao vídeo de apresentação do Centro de Memória da Justiça do Trabalho, que foi criado em 1997.
Em seguida, foram encaminhados para uma sala onde tiveram contato com os processos. A professora Adriana Goulart disse que esse programa é muito importante para fazer a interlocução com as faculdades. "O objetivo é que os alunos tenham contato com os processos históricos. após aulas teóricas ministradas sobre o processo trabalhista. Hoje trabalhamos com processos das décadas de 40 e 50. Dessa forma, após a teoria, eles podem aprender na prática. Peço aos meus alunos que, durante o manuseio, façam um relatório", explicou.
A estudante Marina Delfino achou a visita ao local muito interessante, porque é uma oportunidade única de ter contato direto com casos trabalhistas históricos. "O que me chamou a atenção era como ocorria a coleta de depoimentos de testemunhas e como era feita a fundamentação processual na época, bem diferente dos dias atuais", relatou.
Já o aluno João Felipe Zini observou que antigamente nos processos trabalhistas não havia o costume de citar artigos de lei, como é feito hoje. "Os conteúdos eram bem relacionados à situação trabalhista em si. Com relação ao direito material, não se discutia propriamente a relação de emprego. O voto dos juizes daquela época também eram mais sucintos. Notei que houve muitas mudanças nas fundamentações das decisões", destacou.
O Centro de Memória é responsável pela guarda de processos trabalhistas que contam um pouco da história dos trabalhadores mineiros. O Laboratório de Atividades Judiciais começou em 2009 e também recebe pesquisadores de história, economia e sociologia. Mais informações pelos telefones (31) 3215-7915 e 7919. (Texto: Almir Casagrande / Fotos: Leonardo Andrade)