Livro Trabalho e Movimentos Sociais é lançado no TRT-MG com palestra da Profª. Miracy
O lançamento do livro Trabalho e Movimentos Sociais , na última sexta-feira, 9 de maio, no plenário do TRT-MG, foi marcado por palestra sobre o mesmo tema, proferida pela Professora Doutora Miracy Barbosa de Sousa Gustin, na qual atuou como debatedor o advogado e Professor da Faculdade de Direito Milton Campos, Marcelo Lamego Pertence.
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Juíza Graça Maria Borges de Freitas; desembargador Paulo Roberto Sifuentes Costa; Profª. Miracy Barbosa de Sousa Gustin; o advogado Marcelo Lamego Pertence e o juiz Carlos Augusto Junqueira Henrique |
O evento, uma realização do Projeto Leis & Letras da Escola Judicial da 3ª Região, foi aberto pelo presidente do TRT, Paulo Roberto Sifuentes Costa, com trabalhos dirigidos pela Juíza Graça Maria Borges de Freitas, titular da VT de Formiga e coordenadora acadêmica da Escola Judicial. Compôs a mesa, ainda, o professor Carlos Augusto Junqueira Henrique, um dos coordenadores da obra, composta por uma coletânea de 17 artigos de diversos autores.

Professora Associada da UFMG, Miracy é coordenadora do Projeto Pólos da Cidadania, que faz profundo estudo de campo dos movimentos sociais das periferias em todo o estado. A partir de uma pintura de Tarsila do Amaral, da década de 30, que mostra rostos apáticos de trabalhadores, a palestrante foi traçando um retrato da evolução dos movimentos sociais no mundo do trabalho. A época, para os trabalhadores, foi marcada pela renúncia, seguida da conscientização de que esses milhões de trabalhadores sem voz não tinham acesso aos próprios bens e serviços que ajudavam a produzir. E esta foi a grande questão a ser resolvida pelo Estado Social e Democrático de Direito: uma sociedade justa teria, necessariamente, que propiciar ampla participação de todos como usuários desses bens e serviços.
Foi a senha para a proliferação dos movimentos sociais em busca da autonomia, que irá se construir na coletividade e a partir de movimentos, não mais verticalizados como antes, mas de organização horizontalizada e mais comunitária.
A Professora finalizou enfatizando o ideal de “plenipotencialização do ser”, a começar pelas crianças de rua, que, como todos, precisam ter acesso aos recursos e instrumentos que permitem alcançar a plenitude como ser humano, para que possam ser cidadãos de fato e de direito.(Fotos: Cassiano Nóbrega)