Alunos da UFMG fazem atividade no Laboratório de Práticas Trabalhistas
Alunos do 9º período da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, participaram de atividade, nesta terça-feira, 29, no Laboratório de Práticas Trabalhistas do TRT da 3ª Região, sob a supervisão da professora Adriana Goulart de Sena Orsini, juíza do trabalho titular da 35ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Instalado atualmente no prédio da Rua Curitiba, o laboratório foi inaugurado em dezembro de 2009 e representa, segundo a juíza, uma iniciativa fantástica da Escola Judicial/Centro de Memória do TRT-MG porque permite uma interlocução entre ensino, realização de justiça, órgão institucional e parceria com a universidade. Como professora, ela considera muito importante o espaço disponibilizado aos alunos pelo Tribunal, "para que eles possam manusear os processos e perceber a diferença entre o que se ensina na teoria e a prática. Como um advogado faz uma petição inicial, como ele produz uma defesa, um recurso. Porque o professor fala na aula e o aluno imagina outra coisa. Aqui ele vê no processo como é a prática na vida real".
A turma teve a oportunidade de acessar processos antigos, da década de 40, e também processos mais atuais, fazendo uma comparação entre ambos. "A ideia de comparação é muito pertinente porque os alunos têm a oportunidade de ver como era a Justiça do Trabalho no momento anterior, enriquecendo seu conhecimento na medida em que vê a transformação do Processo do Trabalho. Aqui temos acordos que foram feitos em uma Justiça ainda administrativa, que posteriormente foi transformada em Poder Judiciário, o que é muito rico para a formação do aluno".
A monitora da última turma da UFMG, Dalila Soares Silveira, ressaltou que a disciplina fica mais completa, porque os alunos conseguem ver um processo inteiro, do começo ao fim. "Como eles geralmente só assistem à audiência inaugural, aqui conseguem ver a ata da audiência, a sentença, o recurso. Aliando teoria e prática, eles conseguem ver a evolução da legislação por meio de um processo antigo, comparando com o que é hoje, além de perceber a importância da preservação histórica e da memória da Justiça do Trabalho".
Já o monitor atual, Henrique de Almeida Carvalho, há dois meses na supervisão da turma, considera que a experiência permite que os alunos percebam claramente a influência da jurisprudência trabalhista na construção das decisões do magistrado, além de perceberem a evolução da legislação. "A ordem trabalhista é bem diferente da justiça cível, por isto só se consegue ver na prática a influência da jurisprudência, que é muito forte. A CLT tem um texto antigo, então a jurisprudência vem trazendo atualizações durante todas essas décadas e os alunos podem ver na prática como era antes e como é agora, com os processos mais novos". (Texto e fotos: Solange Kierulff)
Juíza Adriana (sentada), Dalila e Henrique |