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Juntas somos muito mais! TRT-MG traz programação especial para mulheres

publicado: 10/03/2025 às 18h54 | modificado: 12/03/2025 às 16h21
Resumo em texto simplificado

O TRT-MG celebra o Dia Internacional da Mulher com uma semana de eventos, incluindo palestras, exposições e o lançamento de uma coletânea de textos poéticos. A presidente do Tribunal destacou o lema "Juntas somos muito mais", enfatizando a força coletiva das mulheres. A programação continuará ao longo de março, com atividades como bate-papos, oficinas e apresentações culturais, além de um mutirão já realizado para solucionar conflitos trabalhistas envolvendo mulheres.

Saiba mais sobre esta iniciativa

No último sábado (8/3), foi comemorado o Dia Internacional da Mulher. Celebrando esta data, o TRT-MG dedica uma semana cheia de eventos para debater, refletir e desconstruir conceitos relacionados à questão feminina. Nesta segunda-feira (10/3), foi realizada a abertura especial que contou com uma palestra e a inauguração de uma mostra afins ao tema, além do lançamento da obra “Mês da Mulher 2025 – Coletânea de textos poéticos”. Magistrados, servidores, terceirizados, estagiários e público externo, entre eles, alunas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) encheram o auditório da Escola Judicial do Regional mineiro.

A presidente do Tribunal, desembargadora Denise Alves Horta, destacou o lema escolhido para o Mês da Mulher no TRT-MG: Juntas somos muito mais. “Com o passar dos anos, as mulheres têm tomado consciência de sua representatividade e força coletivas para, em conjunto, umas apoiando as outras, conquistarem por mérito, competência e muito, muito trabalho, respeito e reconhecimento por seus valores, seus princípios, ações, dedicação e amor que imprimem, dentro e fora de seus lares, enfim, em tudo que se propõe a fazer. É preciso expurgar o insulamento secular imposto à mulher, que ainda hoje, repetidas vezes, é obrigada a sozinha enfrentar um exército de opositores”, afirmou.

Mesa de honra

Mesa de honra foi composta pela palestrante Bárbara Ferrito, juíza do TRT-RJ; pela gestora do Comitê Gestor Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini; pelo 2º vice-presidente e diretor da Escola Judicial, desembargador Emerson José Alves Lage; pela presidente do TRT-MG, desembargadora Denise Alves Horta; pela vice-ouvidora e ouvidora da mulher, desembargadora Maria Cristina Diniz Caixeta; pela desembargadora Jaqueline Monteiro de Lima; pela presidente da Amatra3, juíza Anaximandra Kátia Abreu Oliveira; e pela diretora-geral Patrícia Helena dos Reis.

Pobreza de tempo

A primeira atividade do dia foi conduzida pela juíza do TRT-RJ, Bárbara Ferrito. Durante a palestra intitulada “Pobreza de tempo”, a magistrada apontou inúmeros desafios encontrados pelas mulheres no mundo contemporâneo, entre eles, a questão do desgaste mental, do tempo despendido nos cuidados domésticos e os impactos disso nas relações de trabalho. “Pobreza do tempo é um conceito da economia, que fala como as mulheres são pobres de tempo, onde tudo é corrido, o tempo é dinheiro e o mercado está cada vez mais flexível, exigindo horas extras para todos os trabalhadores”.

Plateia assiste palestra "Pobreza do tempo"

Coletânea

Nesta segunda-feira, também foi lançado a obra “Mês da Mulher 2025 – Coletânea de textos poéticos”. Ao todo, foram selecionados 16 poemas que foram publicados em cartões ilustrados com imagens da série "Mulheres Históricas de Minas Gerais", da artista plástica Yara Tupynambá. As peças foram distribuídas aos autores dos trabalhos selecionados e ao público que compareceu ao evento, mas também serão entregues aos participantes das demais atividades presenciais do Mês da Mulher.

Cartões com poemas foram distribuídos ao público

É a segunda vez que o TRT-MG publica uma coletânea, em 2024 como livro e, nessa campanha, em cartões. Sheila Ferreira Chaves, uma das autoras escolhidas para a obra, comentou sobre a seleção de seu escrito. "Escrever sobre as coisas da nossa vida ou sobre as coisas que nos emocionam é muito bom e ao mesmo tempo é muito fácil. Eu falei muito daquilo que já vivi e vivo, então quando eu recebi o aviso por e-mail de que tinha sido classificada eu fiquei muito honrada".

Conheça os selecionados:

Título Autor(a)

Mama

Adriane Garcia

Mulher: que ser é este?

Dalva Maria Madureira Ottoni

Mulher

Eliane Lúcia Coelho Reis

Mulher

Gabriel Valentim de Oliveira Felipe

Ser

Gabriela Bins Gomes da Silva

Mulher, Nome Escrito a Ferro e Fogo

Julierme Matias Linderlei

Vestidos

Luciley dos Reis

A Menina e as Mulheres

Marcela Hallack Loures

Em suas mãos

Marcos Augusto Bellato de Paiva

Mulher

Maria de Fátima Coelho

éden

Olavo de Oliveira Dantas

A Mulher arco-íris e o trabalho

Reinaldo César Bueno Alves da Silva

As mulheres não cabem num poema

Ricardo dos Reis Oliveira

Ocaso

Sheila Ferreira Chaves

Sobre Viver

Silvana Santos Rocha

Mulheres-árvores

Tassia Veloso Gomes

Exposição

Ao final do dia, no hall do auditório da Escola Judicial (Rua Guaicurus, 203), foi inaugurada a exposição "Projeto Memória Lélia Gonzalez", que estará aberta ao público até o dia 11/4. A mostra traz 18 painéis dispostos em linhas, além da exibição de um vídeo documentário sobre a vida e os feitos de Lélia Gonzalez, uma intelectual, ativista e autora, natural de Belo Horizonte, que tinha como linha de estudo a vivência negra brasileira e foi uma das primeiras militantes a falar abertamente sobre o racismo no Brasil e da realidade da mulher negra.

Exposição traz painéis sobre a vida de Lélia Gonzalez

A iniciativa é da Biblioteca e Centro de Memória em parceria com o comitê regional do Programa de Equidade de Raça, de Gênero e Diversidade, com apoio cultural do Casarão das Artes Negras.

Programação

A programação em alusão ao Mês da Mulher se estenderá por todo o mês de março. Na última semana, o Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas da Justiça do Trabalho (Cejusc) de 1º e 2º grau já realizou um mutirão para solucionar conflitos trabalhistas envolvendo mulheres como reclamantes. Ao todo, foram realizadas quase 100 audiências em processos que as partes autoras são do sexo feminino. A ação foi intitulada como “Hoje o dia é delas”.

Para esta semana, estão previstos bate-papos, podcast, palestras, oficinas e outras atividades. Ainda neste mês, o Centro Cultural do TRT-MG recebe, no dia 18, o espetáculo da Companhia de Dança do Palácio das Artes, “Poderia ser rosa”. No dia 24, a jornalista do Repórter Brasil, Isabel Harari, fará uma apresentação sobre o trabalho ilegal de adolescentes via plataformas de “delivery” e as interseccionalidades de gênero, raça e classe social. Por fim, no dia 28, haverá uma edição temática do Programa Justiça e Cidadania: “A mulher no mundo do trabalho”.

Veja a galeria de fotos.

Veja aqui a programação completa do Mês da Mulher.

Também em razão do Mês da Mulher, está no ar no canal do TRT-MG no Youtube, um podcast com a prestadora de serviço, Solange Guimarães dos Santos, que foi escravizada na infância. Veja o vídeo:

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