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Professor Antônio Álvares recebe homenagem no Leis e Letras de lançamento da obra Direito, Trabalho e Justiça: Novos Horizontes

publicado: 22/10/2021 às 19h05 | modificado: 25/10/2021 às 14h08

“Devemos ter fé em que a Justiça do Trabalho seja mais eficiente do que é. Essa é a fé que depositamos no altar das nossas expectativas”. Com essa frase, o professor doutor em Direito pela UFMG e desembargador aposentado do TRT-MG, Antônio Álvares da Silva, agradeceu a homenagem recebida durante o lançamento da obra Direito, Trabalho e Justiça: Novos Horizontes - Estudos em Homenagem ao Professor Antônio Álvares da Silva, na tarde desta sexta (22), no retorno do programa Leis e Letras.

Em sua fala, ele ressaltou que o processo do trabalho não tem o tratamento que merece e as respostas para questões complexas estão na simplicidade. “Devemos tornar simples o complexo”, resumiu. O homenageado ainda apresentou uma ideia inovadora para diminuir a quantidade de processos trabalhistas e acelerar o julgamento, com foco na primeira instância.

O evento telepresencial foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Escola Judicial do TRT-MG e pode ser conferido na íntegra neste link.

Abertura

A abertura foi feita pelo presidente do Tribunal, desembargador José Murilo de Morais, que parabenizou todos que participaram dessa obra e pela homenagem. “O tema tem tudo a ver com ele. É um homem que ama livros, tanto que possui cerca de 10 mil livros em sua biblioteca, como ele mesmo já relatou”, disse.  

A 2ª vice-presidente e diretora da Escola Judicial, Camilla Guimarães Pereira Zeidler, lembrou que esse é o primeiro evento Leis e Letras da atual gestão devido à pandemia. “Será uma tarde memorável e um prazer ouvir a todos”, falou no início do evento.

O presidente eleito para o biênio 2022-2023, desembargador Ricardo Antônio Mohallem, destacou sua relação de longa data com o professor, iniciada antes mesmo de ele ingressar na magistratura. “Ele tem uma grande preocupação com a prestação jurisdicional célere. Arrisco-me a dizer que o processo sumaríssimo tem origem nas práticas na antiga Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) de Ouro Preto, onde ele atuou com sua paixão pela paz social e conciliação, praticando-os com surpreendente êxito. O professor é dotado de humildade intelectual própria dos grandes que têm compromisso com a verdade”, destacou.   

Palestrantes

Após a abertura, a primeira palestra ficou a cargo da 2ª vice-presidente eleita para o biênio 2022-2023, desembargadora Rosemary de Oliveira Pires Afonso, que também é doutora e mestre em Direito pela UFMG. Como uma das coordenadoras da obra, ela disse ter sido muito prazerosa fazê-la. “Antônio Álvares nos honra como alunos, ex-alunos e colegas de profissão. Temos no senhor uma grande referência cultural e essa obra é tão grande quanto o seu coração. O livro conta com muitos autores mineiros e de outros estados, de relevância nacional. O professor sempre enxergou para frente, de forma prospectiva”, concluiu.

Em seguida, o juiz Vitor Salino de Moura Eça, que é pós-doutor em Direito pela Universidade de Talca, afirmou que o professor Antônio Álvares é fonte de inspiração. “Essa homenagem é muito merecida a um pesquisador incansável. O professor sempre pensou o novo, com sua mente muito atenta e sensível e nos alertando para as tendências do Direito do Trabalho”, elogiou.

O autor do prefácio da obra, desembargador Marcus Moura Ferreira, enfatizou que o professor sempre levou o Direito muito a sério, assim como cada processo a seu cargo em Ouro Preto. Cada um de nós se deve a si e ao mundo: coragem nesse momento difícil de pandemia. Trata-se de assumir na própria experiência o que se é para se tornar o vir a ser. É um jurista com visão prospectiva, que intervém na realidade para mudá-la.

Depois foi a vez do juiz do TRT da 18ª Região e doutor em Direito pela UFMG, Platon Teixeira de Azevedo Neto, que não pôde estar ao vivo no evento, mas gravou sua participação. Ele elogiou o professor, que sempre foi referência nas suas reflexões. “Saiba que uma parte sua vive em mim, por meio do seu legado. Acredito que as provas digitais serão o futuro do processo, sem substituir quaisquer outras provas, como a testemunhal”, enfatizou.  

O professor e analista judiciário do TRT-MG, Rômulo Soares Valentini, quis também prestar seus agradecimentos ao homenageado, que marcou toda uma geração de alunos. “O professor mostrou que o caminho da mudança é possível no campo do Direito. Vamos sonhar com as ideias do professor para que um dia se tornem realidade”, ressaltou.

A professora adjunta da Universidade Federal de Juiz de Fora e doutora em Direito pela UFMG, Cynthia Lessa da Costa, relembrou como conheceu o homenageado, na época em que era estagiária. “Hoje eu explico o Direito Coletivo do Trabalho que aprendi com o professor. O que ele plantou em mim há 15 anos, passo adiante para os meus alunos”, agradeceu.

O juiz e professor doutor em Direito, Geraldo Magela Melo, disse que o professor sempre foi um magistrado de vanguarda. “Para mim, sempre foi exemplo de homem, juiz e professor bondoso, atento aos alunos. Sempre disposto a contribuir. O senhor foi, é e sempre será um marco teórico para mim”, frisou.              

Emocionado, o professor doutor em Direito pela UFMG, com pós-doutorado em Filosofia pela Universidade de Barcelona, Renato César Cardoso, fez um breve relato sobre o professor amigo que mudou tantas vidas e falou que só tinha a agradecer a ele por também ter se tornado professor.

Coordenação do livro

Os coordenadores do livro são a desembargadora Rosemary de Oliveira Pires Afonso; o juiz Geraldo Magela Melo; o juiz Platon Teixeira de Azevedo Neto, bem como os professores Renato César Cardoso, Cynthia Lessa da Costa e Rômulo Soares Valentini, este último também analista judiciário do TRT-MG.

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