Maio Laranja leva a escola de BH contação de história sobre exploração sexual e abuso de crianças
A Escola Municipal Anísio Teixeira, em Belo Horizonte, recebeu, nesta quarta-feira (24/5), a equipe dos Programas de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem e de Ação Educativa da Escola Judicial-Centro de Memória do TRT-MG. O evento encerra as atividades do Maio Laranja, mês em que se promove o apoio ao movimento de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Abrindo a atividade, a desembargadora Jaqueline Monteiro de Lima apresentou a Justiça do Trabalho. Ela explicou como atua o juiz e o desembargador do trabalho. Enfatizou que criança, para ter uma vida feliz, precisa ser protegida, brincar e frequentar a escola. “Criança não pode trabalhar”.
Além da desembargadora, a juíza aposentada do TRT-MG, Denízia Vieira Braga, e as servidoras Vitória Macedo Linhares e Maria Aparecida Carvalhais Cunha foram recebidas pela coordenadora pedagógica Lidiane Cristina do Nascimento, professoras e estudantes no auditório da escola.
História
Os 65 estudantes do 1º ano e do 4º ano do ensino fundamental acompanharam atentamente a apresentação da contadora de histórias Denízia Braga. Ela trouxe para as crianças uma história adaptada, com base no livro “Não me Toca, seu Boboca!”, de autoria de Andrea Taubman e ilustrado por Thais Linhares.
Embora o abuso infantil e o assédio sejam temas de difícil abordagem, especialmente para crianças, a juíza fez uma adaptação da história e apresentou aos pequenos o que é a situação de violência sexual e o que fazer para evitá-la, representando, de forma teatral, a coelhinha Ritoca. Para a juíza, “a história trata o tema através do lúdico e, por isso, atrai a atenção das crianças, as aproxima, de forma que compreendam a mensagem com facilidade”.
Maio Laranja
O Maio Laranja foi criado depois que o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18/5) foi instituído pela Lei Federal 9.970/2000, alusivo à morte da menina brasileira Araceli Cabrera Sánchez Crespo, violentada e morta aos oito anos de idade em Vitória (ES), em 1973. O intuito é informar, sensibilizar e combater essa forma de violência.
Violência sexual e abuso
Esse tipo de violência ocorre pelo abuso e/ou exploração do corpo e da sexualidade de crianças e adolescentes - seja pela força, persuasão ou ameaça. De acordo com as leis brasileiras, em caso de crianças e adolescentes, configuram violência sexual atos praticados contra pessoas com idade inferior a 14 anos. É geralmente praticado por uma pessoa com quem a vítima possui uma relação de confiança, e que participa de seu convívio.
Denúncias - Disque 100
Qualquer pessoa que testemunhar, souber ou suspeitar que criança ou adolescente seja vítima de abuso, violência ou negligência pode denunciar de forma identificada ou anônima através do Disque 100 - Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
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