TRT-MG inaugura Clube do Livro com reflexões do livro Solitária

Nesta quinta-feira (5/9), o TRT-MG realizou a primeira edição do Clube do Livro, uma iniciativa do comitê regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, em parceria com a Escola Judicial e a Biblioteca. A coordenação do evento é do juiz do trabalho e co-gestor de 1º Grau do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-MG, Henrique Macedo.

O magistrado conduziu a atividade inaugural com um bate-papo sobre o livro Solitária, da autora Eliana Alves Cruz. O evento, que foi aberto ao público, aconteceu em formato híbrido: presencialmente na Escola Judicial e também online.

Durante o encontro, Macedo incentivou os participantes a refletirem sobre a conexão entre o trabalho doméstico e a escravidão abordada na obra. Ele compartilhou seu ponto de vista sobre o tema: “Achei extremamente interessante essa abordagem, pois ela retrata um Brasil em transformação. A situação de empregadas domésticas que dormem no trabalho, por exemplo, já não é tão comum, assim como a configuração de apartamentos com um quartinho para a empregada”, avaliou.

O bibliotecário Bruno Taunay Gripp Mota, servidor da biblioteca e responsável pela produção do Clube do Livro, explicou o propósito do evento. “Nossa ideia é fomentar o hábito da leitura e a reflexão crítica sobre temas como igualdade de gênero, diversidade sexual, racial e geracional. Com encontros híbridos, que permitem a participação tanto presencial quanto à distância, o Clube cria um espaço inclusivo e acolhedor para o debate, incentivando o desenvolvimento de uma consciência social mais ampla e a valorização da diversidade em suas múltiplas formas”, finalizou.

A data e o livro escolhido para o próximo encontro ainda não foram definidos. Oportunamente, as informações serão divulgadas para que os interessados possam se inscrever para a segunda atividade do Clube do Livro.

Solitária

"Solitária" conta a envolvente história de duas mulheres negras, Mabel e Eunice, mãe e filha, que residem em um condomínio de luxo. Eunice é testemunha-chave de um crime chocante ocorrido na casa dos patrões, enquanto Mabel trilha o caminho que não apenas elucida esse crime, mas provoca mudanças radicais na vida das pessoas ao seu redor. A autora, com uma prosa ágil e assertiva, revisita o imaginário do trabalho doméstico no Brasil, relacionando-o com questões contemporâneas urgentes como a pandemia, ações afirmativas e direitos reprodutivos.

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