Você está aqui:

77º Conematra chega ao fim abordando comunicação não violenta e formação de juízes

publicado: 07/06/2024 às 17h36 | modificado: 10/06/2024 às 13h14

Duas palestras encerraram, na manhã desta sexta-feira (7/6), no auditório da Escola Judicial do TRT-MG, em Belo Horizonte, as atividades do 77º Congresso Nacional das Escolas da Magistratura Trabalhista (Conematra), que reuniu magistrados, coordenadores e assessores das diversas escolas judiciais dos tribunais do trabalho do país. Mais do que palestras, as falas do professor Marcelo Luiz Pellizoli, da Universidade Federal de Pernambuco, sobre as "Bases da comunicação simples e não violenta", e do desembargador aposentado do TRT mineiro, Márcio Túlio Viana, sobre "A formação dos juízes sob a perspectiva daqueles que procuram a Justiça do Trabalho: o que eles esperam dos juízes?" foram uma oportunidade de reflexão para todos os participantes do congresso. 

foto do palestrante Marcelo Pellizoli palestrando em pé ao lado da mesa de honra

Para o professor Marcelo Pellizoli, ao adotar a filosofia da comunicação não violenta (CNV), é preciso ser verdadeiro para perceber nossa vulnerabilidade, expressar nosso estado natural e ainda reconhecer a importância da escuta. Vale considerar que foram estabelecidos quatro componentes, ou seja, quatro princípios direcionadores basilares de sustentação da CNV: observação, sentimento, necessidade e pedido. Segundo ele, a adoção da comunicação não violenta nas instituições e na vida pode promover a resolução e a mediação pacífica de conflitos, a promoção da empatia, a construção de ambientes acolhedores, a abertura do diálogo e a manutenção de relacionamentos saudáveis, fortalecendo uma cultura de parceria de trabalho em equipe.

Já o professor Márcio Túlio Viana falou sobre o exercício da magistratura nos tempos atuais, em que tanto a hierarquia quanto a ciência estão em crise. Ele explicou que nada dura e, assim, queremos viver intensamente o presente, porque o futuro não é confiável. Então o demandante tem muita urgência, por exemplo, para receber seu crédito, em se tratando de Justiça do Trabalho, já que a instabilidade dos tempos atuais assusta. Para ele, até o direito do trabalho mudou e hoje tem princípios do direito civil. "Quem imaginaria isso? No passado, as instituições eram fortes, estáveis e era possível planejar tudo. Como as coisas estão aceleradas, o direito do trabalho também está, e isso é reflexo do mundo atual", destacou.

foto do palestrante, professor Márcio Túlio Viana, palestrando em pé ao lado da mesa de honra

Encerrando o congresso, o diretor da Escola Judicial do TRT-MG, desembargador Emerson José Alves Lage, agradeceu as presenças. O desembargador Paulo Régis Machado Botelho, presidente do Conematra, além de agradecer a acolhida, destacou a importância da presença da presidente do TRT-MG, desembargadora Denise Alves Horta, e já anunciou o próximo encontro, a ser realizado em Vitória-ES, nos próximos dias 29 e 30 de agosto. Coube à presidente do TRT-MG fazer os agradecimentos finais.

Veja galeria de fotos

Visualizações: