Corregedoria seleciona quatro boas práticas ligadas ao uso responsável da Inteligência Artificial
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Resumo em texto simplificado
O Programa Boas Práticas do TRT mineiro selecionou quatro boas práticas relacionadas ao uso responsável do Chat JT, a IA da Justiça do Trabalho. As práticas foram avaliadas por excelência técnica, potencial de transformação e alinhamento à Resolução 615/2025 do CNJ, que exige controle humano, segurança e transparência.O objetivo é otimizar tarefas repetitivas e promover a inovação responsável, garantindo a celeridade e a eficiência dos serviços judiciários.
Saiba mais sobre esta iniciativaO Programa Boas Práticas do TRT mineiro promoveu este ano a realização de uma edição especial para selecionar práticas relacionadas ao uso do Chat JT, a ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela Justiça do Trabalho. Após um processo de seleção a cargo de uma Comissão Avaliadora designada pela Corregedoria, foram selecionadas quatro boas práticas (veja no final do texto) que se destacaram pela excelência técnica, pelo alinhamento estratégico e pelo potencial de transformação das rotinas de trabalho.
As propostas foram apresentadas por magistrados e servidores entre os dias 5 e 19 de novembro, com detalhamento das práticas, apresentação do propósito, indicação dos fluxos de trabalho impactados, dos resultados esperados ou já constatados, além de uma análise de adequação e de classificação de riscos, de acordo com o previsto na resolução do CNJ.
A admissão das propostas exigia a adequação delas à Resolução 615/2025 do CNJ, que representa um marco regulatório voltado à segurança, à transparência e ao caráter não discriminatório da utilização das ferramentas de IA, com a submissão ao estrito controle humano. Além disso, também foram considerados o impacto, a relevância, a reprodutividade, a clareza e a evidência de resultados.
Objetivos do Programa Boas Práticas
O objetivo da edição especial voltada ao tema da IA abrange a otimização de tarefas repetitivas, mas também o fortalecimento do sentimento de pertencimento e protagonismo do corpo funcional em prol da celeridade, da eficiência e da melhoria do acesso aos serviços do Judiciário Trabalhista. O propósito é buscar soluções de IA que, alinhadas a princípios éticos, de governança e de responsabilidade, viabilizem uma maior dedicação de magistrados e servidores a atividades que exigem análise crítica, cognição complexa e interação humana.
Conforme expresso no documento da Corregedoria que apresenta as práticas selecionadas, com a iniciativa desta edição especial voltada à IA, o Programa Boas Práticas “consolida-se como um pilar fundamental na promoção de uma cultura de inovação, colaboração e excelência”. O documento ainda expressa que a escolha do tema “demonstra a sintonia desta Corregedoria e da Administração do Tribunal com as transformações tecnológicas que redesenham o futuro do Poder Judiciário”. O propósito de aprimorar a eficiência e a busca de uma “experimentação responsável” conecta-se à ideia de uma inovação que deva estar vinculada à segurança jurídica e à proteção de dados.
Práticas selecionadas
- Assistência à atividade-fim: Agilizando a Leitura das Peças Recursais - apresentada pela servidora Karine Carvalho Santos Melo, do Gabinete 17;
- Governança estratégica: “Divulgação de Informações sobre uso do ChatJT no TRT3 através do site Intranet” - apresentada pelo servidor José Humberto Cruvinel Resende Júnior, do Núcleo de Ciência de Dados e Inovação (NCDI);
- Otimização Multifacetada: Compilado de Assistentes de IA para a Rotina da Vara do Trabalho - apresentada pelo juiz Leandro Wehdorn Ganem;
- Segurança Cibernética: Prompt de Sanitização Contra Prompt Injection - apresentada pelo juiz Fabrício Lima Silva, da 1ª Vara do Trabalho de Varginha.