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Empossada desembargadora do TRT-MG Maria Cristina Caixeta

publicado: 30/08/2023 às 11h06 | modificado: 30/08/2023 às 17h34

Em solenidade realizada na noite dessa terça-feira (29/8), no novo auditório da Escola Judicial, recentemente inaugurado, tomou posse no cargo de desembargadora do TRT-MG a juíza Maria Cristina Diniz Caixeta, que foi promovida pelo critério de merecimento. A escolha do auditório da Escola Judicial, instalado em edifício histórico, na rua Guaicurus, no Centro de Belo Horizonte, foi da própria magistrada. Ela sempre atuou em prol da memória da Justiça do Trabalho, chegando a exercer o cargo de presidente do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho (Memojutra).

Dedicação à preservação da memória

Ao dar posse à nova desembargadora, o presidente do TRT-MG, desembargador Ricardo Mohallem, ressaltou a paixão da magistrada pelas atividades que exerce, especialmente a trajetória de dedicação em prol da preservação da memória da Justiça do Trabalho e, na docência em direito e processo do trabalho, na Academia Feminina Mineira de Letras, no Conselho Consultivo da Escola Judicial Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena, no Memojutra, no Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), como integrante do Comitê Gestor do Programa Nacional de Resgate da Memória da Justiça do Trabalho, entre outras. O presidente ainda lembrou o empenho de Cristina Caixeta, com outros magistrados e servidores do Tribunal, pela preservação dos processos históricos da Justiça do Trabalho de Minas, reconhecidos pela Unesco como Memória do Mundo. Discurso na íntegra.

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A empossada foi condecorada, pelo presidente do TRT-MG, com a Ordem do Mérito Judiciário Desembargador Ari Rocha, na categoria Grã-Cruz

Equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional

Em um discurso que emocionou a empossada, sua filha Fernanda Caixeta revelou o esforço da mãe para conciliar o trabalho como magistrada e os cuidados com a família. Segundo ela, a sua mãe nunca deixou de estar ao lado dos filhos e marido, mesmo acumulando as funções de juíza e professora. E para ressaltar, citou Cora Coralina: “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

“Você soube equilibrar as balanças das vidas profissional e pessoal transformando-as em uma unidade, sendo capaz de vivenciá-las de forma plena e com toda a inteireza. A sua trajetória pessoal não poderia permanecer oculta, mesmo porque caminha lado a lado com as suas conquistas profissionais e serve de inspiração para tantas outras mulheres, que compartilham dos mesmos sonhos e que precisam enfrentar os mesmos desafios que você venceu”, concluiu Fernanda.

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A filha Fernanda durante homenagem à mãe

Momento de reflexão

Após tomar posse, a desembargadora Maria Cristina Diniz Caixeta iniciou o seu discurso afirmando que, além de reconhecimento e gratidão, o momento é de reflexão. “Reflexão sobre o atual momento vivido pelo Poder Judiciário, os desafios que a Justiça do Trabalho tem enfrentado e a necessidade de conexão e harmonização entre os temas políticos, econômicos e jurídicos, a fim de que o país se ancore num porto mais justo e igualitário, onde os trabalhadores possam navegar em águas calmas, remando num patamar civilizatório crescente de direitos sociais e trabalhistas”.

Segundo a nova desembargadora, é preciso refletir sobre a necessidade de um olhar mais pontual para uma magistratura trabalhista mais valorizada, isonômica e mais reconhecida pela da importância do trabalho de seus magistrados. “Reafirmo meu compromisso com a Justiça do Trabalho, buscando entregar uma prestação jurisdicional mais célebre, justa e equânime para todos aqueles que a buscam”.

E finalizou: “Refletir ainda sobre a urgência de se pensar em normas positivadas e ações efetivas e práticas de cidadania no sentido de consolidar uma democracia plena com justo fortalecimento do tecido social, envolvendo a participação das mulheres em todas as dimensões, valorizando seus talentos e aptidões, bem como restaurando a proteção da dignidade humana, cujo direito decorre de nossa própria existência”.

Trajetória no TRT-MG

Maria Cristina Diniz Caixeta foi nomeada para exercer o cargo de juíza do trabalho substituta, em virtude de habilitação em concurso público de provas e títulos em 1993. Promovida, pelo critério de merecimento, para exercer o cargo de juíza presidente da Junta de Conciliação e Julgamento de Teófilo Otoni, em 1996. Ela foi juíza titular das seguintes Varas do Trabalho: 2ª de João Monlevade, 4ª de Betim, 1ª de Contagem e em Belo Horizonte presidiu ainda a 7ª, 20ª, 40ª e 47ª VT.

Presenças

Além da desembargadora Maria Cristina Diniz Caixeta e do presidente do TRT-MG, a mesa de honra da solenidade foi composta pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Alberto Diniz Júnior, irmão da empossada; pelo ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula; pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, desembargador Octavio Augusto de Nigris Boccalini; a vice-procuradora do Ministério Público do Trabalho, Márcia Campos Duarte; e o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, conselheiro Gilberto Diniz.

Também estiveram presentes na cerimônia os desembargadores do TJMG, Márcia Milanez e Nelson Missias; a prefeita de Pedro Leopoldo, cidade natal da empossada, Eloísa Helena Carvalho de Freitas Pereira; o procurador do estado de Minas Gerais, Saulo de Faria Carvalho; o promotor de Justiça Thiago Augusto Vale Luaria, além de magistrados e servidores do TRT-MG e familiares e amigos da empossada.

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