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Getrin traça metas de trabalho para 2025

publicado: 14/02/2025 às 12h32 | modificado: 25/02/2025 às 16h55
Resumo em texto simplificado

O Grupo de Trabalho Interinstitucional (Getrin), do TRT-MG, realizou sua primeira reunião de 2025, reunindo representantes do setor público, movimentos sociais e instituições educacionais. O encontro destacou temas relevantes para campanhas sobre saúde e segurança no trabalho, como o "abril verde" e questões sobre o trabalho escravo. O Getrin também discutiu a saúde física e mental no teletrabalho e discutiu as próximas ações do grupo.

Saiba mais sobre esta iniciativa

O Grupo de Trabalho Interinstitucional (Getrin), instituído pelo Comitê Regional do Programa Trabalho Seguro do TRT-MG, uma iniciativa do Conselho Superior do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho (CSJT), realizou o primeiro encontro de 2025, nesta sexta-feira (14/2).

Da reunião, participaram representantes do setor público, de movimentos sociais, de instituições representativas de categorias profissionais e instituições educacionais. O principal objetivo foi destacar temas relevantes, da atualidade do mundo do trabalho, que devem merecer maior atenção neste ano em campanhas e eventos.

Datas e temas

O desembargador Marcelo Pertence, gestor regional do Programa Trabalho Seguro no TRT-MG, abriu a reunião elencando datas importantes que devem nortear a agenda de ações envolvendo a promoção da saúde e da segurança do trabalhador. O magistrado lembrou datas já emblemáticas, como o mês abril, quando se comemora o abril verde, dedicado às ações de conscientização e prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; de maio, que marca o início da colheita do café e que, por isso, demanda maior atenção da sociedade e das autoridades para a questão do trabalho escravo nas lavouras. Ele também destacou o mês de setembro, quando devem ser reforçadas ações de combate ao suicídio, tema considerado muito sensível e importante.

Alguns participantes elencaram assuntos ainda pouco divulgados, mas que devem ganhar relevância no atual contexto laboral, como a saúde física e mental dos trabalhadores na realidade do teletrabalho. A professora aposentada e pesquisadora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Olívia Maria de Paula, trouxe para reunião um tema por ela pesquisado, mas pouco divulgado, que chamou a atenção dos participantes: os riscos à saúde de trabalhadores expostos diariamente ao manuseio da pedra sabão e do amianto em Ouro Preto.

Segundo o desembargador Marcelo Pertence, “o Getrin tem o papel de ampliar essa perspectiva de um trabalho mais seguro, envolvendo cada vez mais setores da sociedade”. Já a juíza Ângela Castilho Rogedo, gestora regional do Programa Trabalho Seguro para o 1º grau da Justiça do Trabalho em MG, destacou que “quanto mais participantes, quanto mais regiões geográficas a gente consiga chegar, maior será a proteção ao trabalhador”. 

Agenda

O Grupo agendou nova reunião para o dia 16 de maio, quando devem ser detalhados eventos como, por exemplo, um seminário sobre o tema saúde e segurança do trabalhador, em parceria com a PUC-MG, possivelmente em agosto, voltado a marcar o dia nacional da prevenção de acidentes de trabalho, comemorado em 27 de julho.

Primeira reunião do Getrin em 2025

Participaram da reunião do Getrin: desembargador Marcelo Pertence, gestor regional do Programa Trabalho Seguro no TRT-MG; juíza Ângela Castilho Rogedo, gestora regional do Programa para o 1º grau da Justiça do Trabalho em MG; Arlélio de Carvalho Lage, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em MG; Cláudio Cezar de Paula, da Superintendência Regional do Trabalho em MG; Carolina Novaes, da Clínica de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas da PUC-MG; Luccas Silva Mota, representante do Intersid - Sindicato das indústrias Moveleiras de Ubá; Sônia Mara Souza Prata, representante da Fetaemg; Mariângela Prado Bruno, coordenadora da gestão de benefícios do INSS; Mário Cerqueira de Carvalho, da associação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho; Marta de Freitas, coordenadora do Fórum de saúde do trabalhador e da trabalhadora e do Movimento pela soberania popular na mineração; Olívia Maria de Paula Bezerra, professora aposentada e pesquisadora da UFOP e membro do Observatório da Saúde do trabalhador da UFMG; Carla de Carvalho, perita médica federal.

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