Presidente do TRT-MG visita obras do Novo Fórum Trabalhista de BH nesta sexta (18)
Os desembargadores Júlio Bernardo do Carmo, presidente do TRT-MG, e José Murilo de Morais, que preside a Comissão de Gestão Predial do Tribunal, visitam, às 14 horas desta sexta-feira (18), as obras da sede própria do Fórum Trabalhista de Belo Horizonte, que está sendo construído onde era antigamente a escola de engenharia da UFMG. O objetivo é acompanhar o andamento das obras, que começaram no último dia 11 de outubro.
As novas instalações têm capacidade para abrigar 70 varas, 22 a mais que as 48 hoje existentes, instaladas nos prédios alugados da Av. Augusto de Lima, 1234 e da Rua Mato Grosso, 468. Além das varas, o Fórum vai abrigar a Escola Judicial do TRT-MG, salas de treinamento, serviços de apoio, agências bancárias, estacionamento e bicicletário.
Segundo o secretário de Engenharia do TRT, Hudson Luiz Guimarães, o custo das obras, contratadas sob regime de empreitada ao preço global atualizado é de R$ 108,53 milhões, será recuperado em menos de 12 anos. A economia virá do montante que deixará de ser gasto com o aluguel dos citados prédios a partir da mudança para a sede própria. A conclusão está prevista para 36 meses.
O Fórum será construído no antigo complexo da Escola de Engenharia da UFMG, composto de quase dois quarteirões situados entre as ruas Espírito Santo e Bahia, Boulevart Arrudas e Av. Santos Dumont. Trata-se de ponto da cidade com melhor acesso por transporte público que o atual Fórum, distante apenas duas quadras da Estação Central do Metrô, a poucos metros da Estação do Move e de dezenas de linhas de ônibus, além de localizar-se também próximo à Estação Rodoviária de Belo Horizonte.
No quarteirão 26, explica Hudson, "será construído um edifício de acesso (Rua Guaicurus 200) e interligação, incluindo hall de espera, elevadores, escada protegida e rampas de acessibilidade para interligação dos dois principais edifícios, Arthur Guimarães e Álvaro da Silveira. Os prédios serão adaptados para a instalação de até 70 varas, com subsolo para casa de maquinas e subestação elétrica, 12 novos elevadores para o mínimo de 20 pessoas com velocidade mínima de 150 metros por minuto (um com capacidade para o mínimo de 30 pessoas), sistema de climatização moderno e racional, ambiente de confraternização no pilotis, execução integral de novas instalações sanitárias, elétricas, iluminação, cabeamento estruturado, controle de acesso, novos acabamentos, dentre outras performances com interface quanto aos meios socioambientais, como telhado verde e reaproveitamento de água."
Já no quarteirão 20, ainda de acordo com Hudson, "serão executadas obras de adaptação, reforma, restauração e ampliação do Anexo ao Fórum (Rua Guaicurus nº 201), tendo como premissa a construção de edifício de estacionamento em cinco andares para cerca de 350 vagas, além de vagas para motos, bicicletário, vestiário para usuários de bicicletas, vagas para pessoas com deficiência. Será feita uma restauração geral do edifício Mário Werneck e também da fachada e volumetria da Oficina Christiano Ottoni, onde funcionarão salas de treinamento, a Escola Judicial e um espaço de espera para encaminhamento emergencial de atendimento médico, com estacionamento de ambulância para transporte."
Ainda conforme o engenheiro, "o Edifício Arthur Guimarães, com proteção legal, terá restauração das fachadas, do hall de elevadores, da cabine de um elevador para mínimo de 30 pessoas, da rampa entre térreo e 2º pavimento e dos auditórios, tudo de acordo com o projeto aprovado pela Diretoria de Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - DIPC".
Histórico
A luta pela sede própria do Fórum Trabalhista de Belo Horizonte, inserida no Planejamento Estratégico do TRT-MG, teve início em 2006 com a constituição, pelo Tribunal Pleno, de uma comissão para estudar e apresentar sugestões que viabilizassem a aquisição de imóveis para a Justiça do Trabalho na Capital. Depois de analisar várias opções de imóveis, em maio do mesmo ano, a Gerência Regional da Secretaria do Patrimônio da União respondeu à consulta do Tribunal informando que se encontravam em processo de incorporação os imóveis da UFMG, abrigando a Escola de Engenharia, com área construída de 40.000,00m², prevista para liberação no ano de 2008 (Ofício 619/DIGEP/GRPU/MG).
Ainda em junho de 2006, o TRT manifestou interesse pela preferência na destinação dos edifícios e, em 12/06/2006, a Gerência Regional da SPU manifestou-se favoravelmente à preferência do TRT 3ª Região, declarando a reserva de destinação dos mencionados imóveis, quando liberados à União.
A partir daí, várias administrações do TRT tiveram de empreender muitos esforços para superar exigências municipais de toda ordem, até chegar a este momento, de início das obras.