Solenidade marca inauguração da nova Biblioteca do TRT e homenagem à Alice Monteiro de Barros
Solenidade marcou a inauguração, nesta quarta-feira, 1º de julho, no 3º andar do prédio histórico da Justiça do Trabalho (rua Curitiba, 835, Centro de BH), das novas instalações da Biblioteca do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região - Escola Judicial. O evento, que celebra os 40 anos da Biblioteca, contou também com lançamento do livro Direitos do Trabalhador: Teoria e Prática - que homenageia a professora Alice Monteiro de Barros - e palestra sobre o tema, proferida por um dos organizadores da obra, juiz Cléber Lúcio de Almeida.
O corte simbólico da fita que abriu oficialmente as portas da nova Biblioteca, bem como o descerramento da placa alusiva ao evento, foram realizados pelas desembargadoras Maria Laura Franco Lima de Faria, presidente, e Emília Facchini, 2ª vice-presidente, ouvidora e diretora da Escola Judicial.
Em seu pronunciamento, a presidente Maria Laura Franco Lima de Faria considerou a inauguração das novas instalações da Biblioteca como um passo decisivo para consolidação do antigo prédio do TRT-MG como centro de referência histórica da Justiça do Trabalho de Minas. "Agora reunindo em duas alas distintas, mas harmônicas, as antigas bibliotecas Juiz Cândido Gomes de Freitas e a Juiz Osíris Rocha, esta nova e robusta unidade destinada a obras e leituras simboliza os três principais objetivos que a atual Administração pretende alcançar com a revitalização deste edifício que faz parte da história não só do TRT, mas do próprio estado de Minas Gerais e de Belo Horizonte".
A presidente rememorou os dois patronos das bibliotecas unificadas - juízes Cândido Gomes de Freitas e Osíris Rocha: "Cândido Gomes de Freitas foi um dos baluartes da Justiça do Trabalho em Minas Gerais. Nele veio à consciência a necessidade de se criar um acervo para dar suporte às atividades judiciárias. Além disso, suas expressivas doações de livros e revistas foram fatores indispensáveis para a criação da 1ª biblioteca da Justiça do Trabalho em Minas Gerais, há 40 anos atrás. Já Osíris Rocha foi ilustre professor catedrático da Faculdade de Direito da UFMG, jurista e magistrado da Justiça do Trabalho da 3ª Região, e a biblioteca que leva o seu nome veio prover apoio documental e técnico à Escola Judicial". A desembargadora homenageou, também, o ministro Vieira de Mello que em 1975, como presidente do TRT, inaugurou a Biblioteca Juiz Cândido Gomes de Freitas "e, numa feliz coincidência, em 27 de junho de 2003, seu filho Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho, então diretor da Escola Judicial, entregou aos usuários a Biblioteca Juiz Osíris Rocha".
Saudosa homenagem
À inauguração da Biblioteca do TRT, seguiu-se palestra do projeto Leis & Letras, da Escola Judicial, proferida pelo juiz Cléber Lúcio de Almeida, um dos organizadores da obra coletiva Direitos do Trabalhador: Teoria e Prática em homenagem à desembargadora e professora Alice Monteiro de Barros. Assinam a obra, entre outros, os desembargadores do TRT-MG Sebastião Geraldo de Oliveira, Antônio Álvares da Silva e Márcio Túlio Viana, os dois últimos, aposentados.
Fotos: Leonardo Andrade |
Ao abrir o evento, a presidente do TRT-MG, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, disse ser aquela uma reverência à memorável figura da desembargadora Alice Monteiro de Barros "essa ilustre mineira que ensinou com maestria Direito do Trabalho a várias gerações, aqui neste mesmo prédio estagiou, advogou, iniciou e consolidou sua carreira como magistrada da Justiça do Trabalho".
Antecedendo a palestra, o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira prestou brilhante e comovedora homenagem à desembargadora Alice Monteiro de Barros. O magistrado evocou os tempos de convívio com a colega a quem chamou de "anjo da guarda ad hoc " pelo apoio e socorro nas "dúvidas mais aflitivas" e falou da importância das obras e artigos publicados para todos os que atuam com o Direito do Trabalho.
Alice Monteiro de Barros exerceu a magistratura por 34 anos. Nomeada para o cargo de juiz do trabalho substituto da 3ª Região, em virtude de habilitação em concurso público, em 16 de outubro de 1978, foi promovida, no ano seguinte, por merecimento, para o cargo de presidente da 2ª Junta de Conciliação e Julgamento de Goiânia (GO), tendo exercido, posteriormente, a presidência das JCJ de Divinópolis (MG) e Betim (MG), bem como das 12ª e 18ª JCJ de Belo Horizonte. Em 1991, a magistrada foi promovida, também por merecimento, para o cargo de juiz togado. Aposentou-se em 10 de outubro de 2012. Jurista e professora na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde aposentou-se em 2008, Alice Monteiro de Barros deixou diversos livros e artigos publicados.
Prestigiaram a solenidade os desembargadores José Murilo de Morais, 1º vice-presidente; Denise Alves Horta, corregedora; Luiz Ronan Neves Koury, vice-corregedor; Ricardo Antônio Mohallem; Sebastião Geraldo de Oliveira; Maria Lúcia Cardoso de Magalhães; Luiz Antônio de Paula Iennaco; Sércio da Silva Peçanha; Ana Maria Amorim Rebouças; José Marlon de Freitas; Paulo Maurício Ribeiro Pires e Maristela Iris da Silva Malheiros; a juíza auxiliar da presidência Olívia Figueiredo Pinto Coelho; os juízes Mauro César Silva, coordenador acadêmico da Escola Judicial, e Danilo Siqueira de Castro Faria, diretor do Foro de Belo Horizonte; o diretor-geral Ricardo Oliveira Marques; a diretora judiciária Telma Bretz Pereira, e a secretária-geral da presidência Sandra Pimentel Mendes, além de juízes, diretores e servidores da Casa. (Ruth Vasseur)