TRT de Minas forma primeira equipe de conciliadores
Com a presença do 1° vice-presidente do TRT de Minas e gestor regional do Núcleo Permanente de Conciliação, desembargador José Murilo de Morais, foi concluído nesta quinta-feira, na Escola Judicial, em Belo Horizonte, o curso de formação da primeira equipe de conciliadores do tribunal, composta por bacharéis em Direito do seu quadro de servidores efetivos.
Baseado no Manual de Mediação Judicial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e em publicações especializadas, o curso, com duração de 30 horas de teorias e técnicas de conciliação, habilita os servidores para atuarem como facilitadores da conciliação entre as partes em processos judiciais trabalhistas, sob supervisão de um juiz.
Como explica o desembargador José Murilo, 10 conciliadores vão atuar na Central de Conciliação de 1° Grau de Belo Horizonte, que será inaugurada em formato totalmente novo, no dia 3 de julho próximo, às 14h, no 16º andar do prédio da Rua Goitacases nº 1475, no Barro Preto. Outros dois conciliadores estarão alocados na Central de Conciliação de 2° Grau, sediada no 10° andar do prédio da Rua Desembargador Drummond, esquina com Avenida do Contorno, uma quadra abaixo do Hospital Life Center. A coordenadora desta Central, a juíza auxiliar da vice-presidência, Wilméia da Costa Benevides, coordenadora da Central de Conciliação de 2º Grau, também esteve presente ao encerramento do curso.
Ainda de acordo com o desembargador, a Central de 1° Grau foi preparada para acomodar, confortavelmente, as partes e seus advogados, bem como para proporcionar condições físicas adequadas à conciliação. Ele advertiu, porém, que para tudo funcionar bem, é necessário o comprometimento dos conciliadores com a excelência do serviço prestado, a começar pela observância dos horários das audiências, que serão marcadas com espaçamento de 30 minutos.
José Murilo assegurou que a administração do Tribunal, liderada pela presidente, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, tem investido sistematicamente em conciliação por tratar-se da forma mais rápida, barata e eficaz de solução dos conflitos, com inegáveis benefícios para as partes, os advogados e para a sociedade. "A conciliação, na verdade, é da essência da Justiça do Trabalho, e houve época em que TRT de Minas solucionava nada menos que 70% dos seus processos por meio dela", ele lembrou, esperando alcançar de novo esse índice, animado pela atuação de todos os juízes da 3ª Região e pelo êxito alcançado pelas centrais até aqui.
O curso, formatado pelas servidoras Celinha e Neusa, da Escola Judicial, foi ministrado pela instrutora do CNJ e mestre em psicologia, Cleide Rocha de Andrade, auxiliada pela também instrutora do CNJ e assistente social Julieta Ribeiro Martins. Já o curso de cálculos ficou a cargo do servidor Paulo Roberto de Oliveira, que exerce importante trabalho de conciliação na Vara do Trabalho de Ubá e também é criador de uma planilha de apuração rápida de verbas trabalhistas, que vem disponibilizando generosamente a seus colegas servidores e a advogados.