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Gestão de Pessoas é tema de curso da Escola Judicial

publicado: 04/09/2009 às 16h12 | modificado: 04/09/2009 às 19h12

A Escola Judicial do TRT da 3ª Região realizou nesta sexta-feira, 4 de setembro, o 4º módulo do Curso de Atualização em Gestão Administrativa e Judiciária de Vara do Trabalho sobre Gestão de Pessoas, tema da palestra de Fernanda Gomes Ferreira, diretora da Secretaria de Recursos Humanos do TRT da 12ª Região. Fernanda enfocou os desafios que o setor de Recursos Humanos enfrenta hoje na gestão dos servidores e na busca da formação e aprimoramento das chefias e diretorias, aspectos fundamentais para o bom funcionamento da equipe.

Gestão de Pessoas é tema de curso da Escola Judicial (imagem 1)
Ricardo Wagner Rodrigues de Carvalho, desembargador Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, que presidiu os trabalhos, Fernanda Gomes Ferreira e as juízas Silene Cunha de Oliveira e Graça Maria Borges de Freitas, coordenadora acadêmica da Escola Judicial, e Adriana Goulart de Sena, titular da 35ª Vara do Trabalho (foto: Leonardo Andrade)

De acordo com Fernanda, as atividades dos profissionais de RH ainda se encontram muito ligadas ao serviço burocrático, o que tira o foco do atendimento aos servidores. Em vista disso, o TRT de Santa Catarina passou por um processo de informatização quando foi implantado o auto atendimento para questões de recursos humanos: com isto, o gestor ou o próprio funcionário passou a ter acesso ao sistema para resolver problemas de férias, licenças e funções comissionadas, o que também resultou em maior autonomia para os juízes.

Para ela, os profissionais precisam ser melhor preparados para dar apoio aos gestores na administração dos recursos humanos, assumindo uma postura mais pró-ativa com relação aos desafios que as instituições enfrentam hoje com seus funcionários. Um dos grandes problemas atuais seria justamente a motivação dos servidores, muitas vezes atraídos para o serviço público em função da estabilidade, segurança e salário, mas que ficam desmotivados por não terem chances de crescimento profissional na carreira.

Nesse sentido, ela destaca a importância do papel dos líderes para a motivação dos seus funcionários em vista da proximidade com ele e com os conflitos que venham a surgir nas repartições. Segundo ela, o relacionamento que os líderes têm com a equipe é um dos principais fatores que interferem na equipe e sua produtividade. E como o ser humano é complexo, as motivações também são: “É preciso que os líderes construam as condições, criem estímulos e facilidades para que os funcionários se motivem”, ressalva.

Para tanto, é necessário que os gestores procurem variar as tarefas de vez em quando, como uma espécie de desafio para o subordinados, que também precisam se identificar com a tarefa que fazem, com relação à instituição onde trabalha e também para com a importância do seu trabalho para a sociedade. Outros pontos que favorecem a motivação é a identificação do funcionário com as tarefas que desempenha, a possibilidade de ter autonomia, sem insubordinação, e reconhecimento pela tarefa bem feita, que nem sempre, segundo ela, é uma recompensa financeira, mas pode ser um elogio bem feito.

Outro aspecto abordado por ela são os novos funcionários que entram hoje no mercado, muito bem qualificados, diferentemente dos mais antigos, e que precisam ser entendidos e aproveitados porque possuem muitos talentos e contribuições a dar às instituições.

Para finalizar, a diretora falou sobre o conceito de “chefe tóxico”, ou seja, as lideranças mal preparadas que muitas vezes assumem cargos sem estarem minimamente preparados para lidar com as pessoas, seus valores e seus conflitos: “muitas vezes um excelente assistente, que se destaca, acaba sendo indicado para uma diretoria. Mas sem ter em mente que as tarefas dos dois cargos são muito diferentes. Ao subir de posto, passamos a ser cada vez menos executores e cada vez mais gestores”, frisa. Como diz o famoso executivo Jack Welch: “Nós procuramos líderes capazes de energizar, motivar e inspirar, em vez de irritar, deprimir e controlar”.

O diretor de coordenação administrativa do TRT, Ricardo Wagner Rodrigues de Carvalho, que atuou como debatedor, ressaltou que a partir do próximo dia 8, a avaliação de desempenho será feita por sistema on-line e diariamente pelas chefias, com ou sem a presença do funcionário, com o objetivo de aprimorar ainda mais o crescimento profissional dos servidores. (Solange Kierulff)

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