1º Leilão da Justiça do Trabalho leva mais de 400 pessoas ao Hotel Normandy
Cerca de 400 pessoas participaram nesta sexta-feira, dia 2, do 1º Leilão Nacional da Justiça do Trabalho, no Normandy Hotel. Foram leiloados 180 itens, entre imóveis residenciais, veículos, lotes e quotas de empresa, e a expectativa é que, em Belo Horizonte, a arrecadação chegue a R$ 7 milhões de reais. Em todo o estado, espera-se que este valor ultrapasse os R$ 40 milhões, que é o valor total de avaliação dos bens leiloados.
O leilão faz parte da programação da I Semana Nacional da Execução Trabalhista, que aconteceu durante toda esta semana, em toda a Justiça do Trabalho, e é uma iniciativa do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). O objetivo da Semana é fomentar a implementação de medidas concretas e coordenadas visando conferir maior efetividade à execução trabalhista.
Os eventos relativos à Semana da Execução, incluindo o 1º Leilão Nacional, ocorrem dentro da sétima edição da Semana da Conciliação e, no mesmo dia em que Minas realiza o leilão trabalhista, os 24 Tribunais Regionais do Trabalho brasileiros, leiloam, pela internet, milhares de bens penhorados em todo o país. A arrecadação promete chegar a R$ 2 bilhões em todo o Brasil.
De acordo com o juiz Ricardo Marcelo Silva, diretor do foro trabalhista de BH, a grande vantagem deste leilão é que ele conseguiu reunir um grande número de interessados: "com maior número de pessoas as chances de alcançar um valor maior pelos bens leiloados é muito maior do que um leilão individual na vara no interior ou da capital isoladamente. Com isto, a Justiça do Trabalho poderá pagar os créditos aos trabalhadores, que poderão receber este ano, possivelmente, senão tudo, pelo menos parte do seu dinheiro".
O juiz estima que, do total de R$ 7 milhões, valor avaliado dos bens leiloados em Belo Horizonte, em cerca de 1 milhão e duzentos mil reais já houve remissão, ou seja, o devedor pagou a dívida antes do bem ir a leilão, e este dinheiro já entrou na conta do Tribunal para pagamento de créditos trabalhistas.
Depois que os interessados arrecadam o bem e pagam o valor oferecido, segundo o juiz, tudo é certificado e anexado ao processo. Após transcorrido o prazo de cinco dias, em que as partes ou terceiros interessados podem embargar a execução, não havendo contestação, o comprador leva o bem almejado. (Solange Kierulff)
Itens leiloados atraíram mais de 400 interessados ao Normandy. Acima, os leiloeiros oficiais, Angela Saraiva e Marco Antônio Barbosa de Oliveira Jr. Abaixo, à direita, o juiz Ricardo Marcelo Silva (Fotos: Leonardo Andrade) |