A solidariedade continua

publicado: 27/01/2011 às 10h48 | modificado: 27/01/2011 às 12h48

O Governo de Minas anunciou hoje que vai abrir uma linha de crédito emergencial para apoiar micro e pequenas empresas na recuperação dos prejuízos causados pelas enchentes. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) vai disponibilizar os recursos financeiros aos comerciantes, com juros de 6% ao ano. No total, serão liberados R$ 30 milhões. Até ontem, 37 municípios tiveram os decretos de emergência homologados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). A lista dos decretos pode ser conferida nos sites do BDMG (www.bdmg.mg.gov.br) e da Cedec (www.defesacivil.mg.gov.br).

Em meio às calamidades desencadeadas pelas chuvas, que atingiram tanto Minas Gerais quanto o Rio de Janeiro, a solidariedade dos mineiros bateu um recorde. Segundo a Cruz Vermelha, foram enviadas 700 toneladas de produtos, e a organização calcula que mantém outras 200 toneladas estocadas. Ainda segundo a Cruz Vermelha, as doações superaram todas as expectativas, e as prefeituras estão recusando doações, por falta de espaço para armazenar tantos produtos. Os interessados em ajudar devem esperar uma próxima chamada.

A Cruz Vermelha se concentra agora na logística, como triagem dos materiais recolhidos e envio aos necessitados. Em Minas, os municípios mais castigados pelas enchentes foram Pouso Alegre, Três Corações, Ipuiúna, Carvalhos, Alagoa e Itamonte, no Sul do estado, e Sumidouro, na Região Norte.

No Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, quem está liderando o movimento de solidariedade é o desembargador Jorge Berg. Para participar da campanha e mais informações, os telefones do gabinete do desembargador são (31) 3228-7267 - 3228-7208.

Na região serrana do Rio de Janeiro, especificamente nos municípios de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis, a chuva começou no início na madrugada do dia 11 para o dia 12/01/2011, e os efeitos das enchentes obrigaram a suspensão do expediente externo do Foro Trabalhista de Teresópolis, entre os dias 12 e 17 de janeiro. Entretanto, não foi preciso interromper o expediente interno, mesmo com as dificuldades de acesso. Segundo o diretor de Secretaria do Foro, Roberto Costa Fernandes, o Bairro Caleme, centro da tragédia, é ocupado por chácaras e grandes casas.

Ainda segundo o diretor, responsável pela coordenação da campanha na JT, atualmente, uma equipe de voluntários instalada na Igreja de Santo Antônio, separa os donativos vindos de todos os pontos do país, sendo que, no momento, os itens de maior necessidade são produtos de limpeza, higiene pessoal, água mineral, colchonetes, velas, roupa de cama e toalhas.
(Márcia Barroso)

Visualizações: