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Estudantes da UFMG fazem laboratório de atividades judiciais no TRT-MG

publicado: 20/05/2013 às 10h18 | modificado: 20/05/2013 às 13h18

Alunos do 9º período do curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - participaram, nesta segunda-feira, dia 20 de maio, de uma aula no Laboratório de Atividades Judiciais do Centro de Memória do TRT da 3ª Região, instalado no prédio da rua Curitiba, centro de Belo Horizonte.

Estudantes da UFMG fazem laboratório de atividades judiciais no TRT-MG (imagem 1)
Fotos: Márcia Barroso

Os 50 estudantes são alunos da professora Adriana Goulart de Sena Orsini, juíza do trabalho, titular da 35ª VT de Belo Horizonte, que incluiu a atividade na disciplina Direito Processual do Trabalho com o objetivo de proporcionar aos alunos a idéia da transformação processual. "Esta metodologia de ensino tem como objetivo colocar o aluno em contato com os processos mais antigos e com os mais novos para que ele tenha idéia da transformação dos processos ao longo do tempo". De acordo com a juíza, a proposta metodológica busca tirar o aluno da aula puramente discursiva e levá-lo para outras dinâmicas. "A turma tem, aqui, a oportunidade de poder, na prática, manusear os processos e verificar como o Direito Material do Trabalho e o Direito Processual do Trabalho se realizam e também as mudanças ocorridas na Justiça do Trabalho".

Estudantes da UFMG fazem laboratório de atividades judiciais no TRT-MG (imagem 2)
Fotos: Márcia Barroso

A estudante Eliza de Carvalho Cyrillo ficou encantada com a oportunidade. "É incrível como este laboratório nos proporciona uma visão ampla no processo e a gente pode acompanhar a própria evolução da legislação e as mudanças de dispositivos que antes eram utilizados e hoje não são mais. Eu realmente estou encantada com esta oportunidade que talvez não teria nunca, com a transformação processual do papel para o sistema eletrônico".

Já o estudante Fernando Geraldo Leão Simões, disse que terá dificuldades com o avanço tecnológico e por isso é importante este contato físico com os processos. "Não tenho muito conhecimento sobre os recursos tecnológicos e por isso manusear o papel me dá mais segurança para, quando eu me formar, poder usar o sistema digital que está sendo implantado, que é o Processo Judicial eletrônico".

Para Vladimir Andrei Ferreira Lima, todos os estudantes de Direito deveriam ter esta oportunidade. "Vou me formar daqui a dois meses e acho que é uma oportunidade única, já que o processo eletrônico é uma realidade. Você pega um processo da década de 40 e um de 2000 mil e percebe a mudança na legislação, nos termos jurídicos e até nas denominações como, por exemplo, antes tínhamos as juntas de conciliação e julgamento. Tudo isso enriquece nosso conhecimento", ressaltou, lembrando que o Processo Judicial eletrônico é um avanço necessário que vai economizar tempo e dinheiro e facilitar a vida dos advogados e dar celeridade ao judiciário, mas que a história é essencial para a formação desses profissionais.

Estudantes da UFMG fazem laboratório de atividades judiciais no TRT-MG (imagem 3)
Fotos: Márcia Barroso

Sob a supervisão e orientação da juíza Adriana Orsini, os alunos preenchem um relatório, com todas as observações dos autos findos e ao final, fazem uma análise sobre os processos e sobre o que eles acharam da atividade.

Para manusear os processos, os alunos usam luvas descartáveis e máscaras por causa da poeira e para a preservação do acervo, que guarda mais de 230 mil processos judiciais. (Márcia Barroso)

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