Estudantes da UFMG participam de atividades judiciais no Laboratório do TRT
Estudantes do 9º Período do Curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, da turma de Direito Processual do Trabalho, participaram, nesta quarta-feira, 7 de maio, do Laboratório de Atividades Judiciais da JT-MG, no 11º andar do prédio da rua Curitiba, centro de Belo Horizonte.
Segundo a juíza Adriana Goulart de Sena Orsini, titular da 35ª VT de BH, doutora em Direito e professora da Faculdade de Direito da UFMG, que supervisionou a turma, "o Laboratório de Atividades Judiciais é um espaço significativo para auxiliar na formação do profissional do direito em uma ordem contemporânea, uma vez que permite ao aluno o manuseio dos processos e a conscientização acerca do Direito do Trabalho e do Processo do Trabalho no tempo, no espaço e na sua efetividade".
Os 54 alunos participaram de uma exposição sobre o Programa de Gestão Documental e Preservação da Memória na Justiça do Trabalho, apresentada pela juíza e pela servidora do Centro de Memória, Maria Aparecida Carvalhais Cunha. Na sequência, assistiram a dois vídeos que retrataram o projeto e o acervo que seria pesquisado e, já dentro das atividades do Laboratório de Atividades Judiciais, pesquisaram processos das décadas de 1940 e 1950 que tiveram uma tramitação mais complexa, chegando às três instâncias da Justiça do Trabalho.
Raquel Betty de Castro Pimenta, doutoranda em Direito pela UFMG, servidora do TRT 3ª Região e professora auxiliar da juíza Adriana Goulart de Sena Orsini na matéria, ressalta que o projeto é interessante já que os alunos conseguem perceber as diferenças dos ritos e procedimentos existentes à época dos documentos analisados. "E através das dúvidas surgidas é possível fazer comparações com os processos atuais", completa.
A aluna Bárbara Ferreira Cangussu se entusiasmou com a oportunidade de analisar documentos antigos, como cartão de ponto, ver os modelos de petições, os argumentos usados naquela época e recomenda a atividade aos que não tiverem a oportunidade de ver a história do Brasil e o Direito do Trabalho".
Para Raíssa Luana Paiva, "a atividade é uma verdadeira "imersão no passado e uma experiência muito rica sobre o funcionamento da Justiça do Trabalho".
Já a aluna Nayara Correa Henriques Pinto destaca que a atividade enriquece o aprendizado jurídico pois abre portas para um novo campo do conhecimento: o histórico: "Assim, é possível um contato novo com o processo trabalhista para entender as mudanças procedimentais e o que permaneceu desde o início da Justiça do Trabalho".
Objetivos
São objetivos do projeto justamente disponibilizar como material didático, em cooperação com professores dos cursos de graduação e pós-graduação em direito e em diversas áreas do conhecimento vinculadas ao mundo do trabalho, os processos trabalhistas arquivados sob sua guarda, de modo a permitir a prática dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula.
Além disto, o laboratório pretende apresentar à comunidade acadêmica e à sociedade o potencial de pesquisa do acervo, composto por mais de 220 mil processos findos trabalhistas, demonstrando a importância da preservação dessa massa documental para a comunidade acadêmica e/ou interessados. (Fotos: Madson Morais)