Vamos acabar com a fila!

publicado: 29/01/2013 às 17h33 | modificado: 29/01/2013 às 19h33

No dia 16 de maio do ano passado o TRT de Minas publicava neste site a matéria "Vamos fazer a fila andar!", que inaugurava uma campanha de doação de medula óssea, cujo slogan era: "Doar medula óssea é doar esperança de vida". Apoiados pela Amatra3 e Coopjus, todos se uniram e centenas se cadastraram como doadores, ampliando as chances de cura de quem já estava e quem viria a estar na fila de receptores. Graças a um doador desconhecido, possivelmente cadastrado numa campanha como a nossa, o jovem Daniel, cuja leucemia motivou a citada campanha, recebeu o transplante e já voltou para casa, em franca recuperação. Mas, nem todos podem esperar e muitos, mesmo esperando, não têm a sorte de Daniel. Por isso, é necessário que os bancos de doadores de todos os países do mundo sejam ampliados a ponto de não precisar mais haver fila de espera, mas apenas de localizar o doador e providenciar o transplante.

Agora, a menina Ana Clara, de apenas 6 anos, sobrinha da servidora Flávia de Paula Almeida Marques, da Diretoria de Recursos Humanos, também precisa de transplante de medula óssea e não tem doador compatível aparentado. Acometida de uma doença rara chamada aplasia medular, caracterizada pelo funcionamento deficiente da medula óssea, que passa a não produzir as células do sangue, como os eritrócitos, leucócitos e plaquetas, Ana Clara recebe transfusões de sangue constantemente, enquanto aguarda um doador. Sem esse tratamento paliativo e/ou o uso de drogas imunossupressoras, de graves efeitos colaterais e também de eficácia limitada e temporária, ela fica anêmica e seu organismo indefeso, devido à redução dos glóbulos brancos.

Cientificado do fato, ancorado na sua responsabilidade socioambiental de buscar a melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas, tal qual previsto no seu Planejamento Estratégico, o TRT de Minas retoma o tema para solicitar aos servidores, magistrados, advogados, procuradores do trabalho, prestadores de serviços e todos mais que souberem dessa necessidade, que a divulguem por todos os meios possíveis e que aproveitem para defender a doação de medula óssea, ato de solidariedade que resulta apenas em alegria, para quem doa e para quem recebe, já que trata-se de um transplante em que não há perdas.

Para ser doador(a)

Para ser um doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 54 anos de idade e não ser portador de algumas doenças, como as infecciosas e hematológicas, e ter vontade de ajudar o próximo, ou ter consciência de que qualquer um pode precisar desse banco de doadores a qualquer momento, caso em que, muitas vezes tem início uma corrida contra o relógio, nem sempre vencida pelo paciente.

Tomada a decisão de ser um doador, o interessado deve procurar a Hemominas munido de documento de identidade com foto e preencher o formulário de cadastramento. Em seguida, passar pela coleta de 5ml de sangue (da mesma forma que se faz para os exames comuns) para o exame de HLA, por meio do qual são identificadas as características importantes do sangue. A doação efetiva somente vai ocorrer se, um dia, surgir um receptor compatível.

O tipo de HLA de cada pessoa cadastrada é incluído num banco de dados do Redome, que é ligado ao Inca - Instituto Nacional do Câncer, subordinado ao Ministério da Saúde. Sempre que aparece uma pessoa com necessidade de transplante de medula, a compatibilidade é verificada nesse banco, para ver se se encontra um doador compatível. Caso seja encontrado, outros testes sanguíneos são realizados, e se tudo der certo, o desejo de doar tem de ser confirmado. Importante aqui salientar que é preciso ter bastante convicção no ato do cadastramento, porque a negativa da doação no momento em que há um receptor compatível gera muito sofrimento, tanto para quem recua na doação quanto para quem tem negada uma chance de vida.

O resultado do exame de HLA não é entregue ao cadastrado, porque ele serve apenas para identificar a compatibilidade entre doador e paciente. Mas, em caso de necessidade, ele pode ser obtido no INCA por meio de solicitação médica. O doador não sabe para quem doa nem o receptor sabe quem foi o doador. Aqui, importa não é o sujeito, mas a ação em prol da grande "família humana".

De acordo com material de esclarecimento da Fundação Hemominas, "a medula óssea, encontrada no interior dos ossos e popularmente conhecida como 'tutano', produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação; os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue".

A retirada da medula

A remoção da medula óssea do doador (se e quando surgir um receptor compatível) pode ser feita de duas formas básicas, cabendo ao médico decidir qual a mais indicada. A primeira, mediante punções com agulhas especiais, sob anestesia, no osso da bacia. O procedimento dura cerca de 90 minutos; a segunda, chamada aférese, é feita por meio de coleta por via periférica, que se assemelha a uma doação de sangue e que não necessita de internação nem de anestesia. Ainda de acordo com a Hemominas, "os riscos são praticamente inexistentes. Apenas 10% da medula óssea é retirada e, dentro de poucas semanas, a quantidade de medula óssea será recomposta pelo organismo".

E então! Vamos cadastrar agora mesmo num dos endereços abaixo e ajudar a acabar com essa fila!: (Walter Salles)

Belo Horizonte:

Região Central - Alameda Ezequiel Dias, 321 - (31) 3248-4515/ 3248-4516 Região do Barreiro - Avenida Dr. Cristiano Resende, 2.505 - (31) 3390-8014 (31) 3390-8014 Além Paraíba: Rua Felizardo Esquerdo, 21 - (32) 3462-4597 (32) 3462-4597 Betim: Avenida Salvador Gonçalves Diniz, 191 -(31) 3595-1010 Diamantina: Rua da Glória, 469 - (38) 3532-1354 (38) 3532-1354 Divinópolis: Rua José Medesff, 221 - (37) 3222-1344 (37) 3222-1344 Governador Valadares: Rua Rui Barbosa, 149 - (33) 3271-6600 (33) 3271-6600 Ituiutaba: Avenida 5ª, s.n° (c/ 38, nº 40) - (34) 3269-0005 (34) 3269-0005 Juiz de Fora:Rua Barão de Cataguazes, s.n° - (32) 3257-3114 (32) 3257-3114 Manhuaçu: Rua Frederico, 289 - (33) 3331-1021 (33) 3331-1021 Montes Claros: Rua Urbino Viana, 640 - (38) 3218-7814 (38) 3218-7814 Passos: Rua Dr. José Lemos Barros, 313 - (35) 3449-9900 (35) 3449-9900 Patos de Minas: Rua Major Gote, 1.255 - (34) 3822-9646 (34) 3822-9646 Poços de Caldas: Avenida José Remigio Prezia, 303- (35)3712-9012/3712-9015 Ponte Nova: Rua Carlos Gomes, 17 -(31) 3817-7321 Pouso Alegre: Rua Comendador José Garcia, 825 -(35) 3449-9900 São João del-Rei: Rua Prefeito Nascimento, 175 -(32) 3371-3389 Sete Lagoas: Avenida Dr. Renato Azeredo, 3.170 - (31) 3774-5074 (31) 3774-5074 Uberaba: Avenida Getúlio Guaritá, 250 - (34) 3312-5713 (34) 3312-5713 Uberlândia: Rua Levino de Souza, 1.845 -(34) 3222-8801

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