Justiça e Cidadania promove edição dedicada ao letramento racial
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Resumo em texto simplificado
O Programa Justiça e Cidadania realizou uma edição temática sobre letramento racial com estudantes do IFMG e de escola municipal, incluindo visita guiada e palestra da juíza Josiane Nunes. Os jovens também participaram de uma audiência simulada sobre racismo no trabalho. Em outra atividade do Programa, alunos de Direito da Dom Helder acompanharam sessão plenária e vivenciaram uma simulação de audiência sobre acidente laboral.
Saiba mais sobre esta iniciativaO Programa Justiça e Cidadania desta sexta-feira (28/11) recebeu estudantes do ensino médio do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – Unidade Sabará, e do ensino fundamental da Escola Municipal Secretário Humberto Almeida, para uma edição temática dedicada ao letramento racial. Os participantes realizaram uma visita guiada à exposição Trabalho e Cidadania, gerida pelo Centro de Memória da Escola Judicial, responsável também pelo Programa. A iniciativa contou ainda com o apoio do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-MG.
Após a visita, os jovens acompanharam uma palestra sobre letramento racial ministrada pela juíza do trabalho Josiane Nunes Alves, que apresentou um panorama histórico e social das desigualdades étnico-raciais enfrentadas pela população negra. A magistrada também conduziu uma audiência simulada, na qual os estudantes atuaram como preposto, reclamante, advogados e testemunhas em um caso fictício envolvendo racismo no ambiente de trabalho.
“Ouvimos dizer que os jovens são o futuro do país. Por isso, precisamos plantar hoje o futuro que desejamos. O letramento racial e o conhecimento sobre como se estruturam as relações étnico-raciais no Brasil são ferramentas que permitem aos jovens enxergar de forma crítica a realidade em que vivem, sejam eles negros ou brancos”, afirmou a juíza Josiane Nunes.

Emanuel Souza Leôncio, estudante do ensino médio técnico do IFMG, ressaltou a importância da atividade: “Aprendi muito sobre letramento racial. Eu, como pessoa negra, preciso ter esse conhecimento. Foi uma grande oportunidade o IFMG ter organizado essa visita. A juíza explicou muito bem sobre racismo estrutural e institucional. Foi uma experiência única”.
Ao final do evento, os estudantes receberam kits de conscientização, entre eles a cartilha As Aventuras da Super-Respeito – Aprendendo Sobre Diversidade e Cidadania, lançada na manhã de hoje na Escola Judicial do TRT-MG.
Prática jurídica
Na última segunda-feira (24/11), estudantes dos 6º e 8º períodos do curso de Direito do Centro Universitário Dom Helder também participaram de atividades no TRT-MG por meio do Programa Justiça e Cidadania. Eles acompanharam uma sessão plenária e participaram de uma audiência simulada. A simulação abordou um caso fictício de acidente de trabalho e foi conduzida pela juíza Érica Aparecida Pires Bessa, titular da 9ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
O professor Marcos Paulo da Silva Oliveira destacou a relevância da experiência: “É um momento ímpar para que os alunos consigam vincular a teoria à prática. Foi uma acolhida muito humana e didática”.

A estudante Maria Eduarda Ribeiro avaliou positivamente a visita: “Foi uma experiência maravilhosa. Já fiz estágio no TRT-MG, na 1ª Instância, mas nunca tinha ido à sede. Foi incrível visitar o Plenário principal, acompanhar uma sessão de julgamento e participar de uma audiência simulada. É uma oportunidade de praticar o que vemos na teoria”.
Ana Clara Macedo Santos compartilhou da mesma opinião: “Foi tudo muito enriquecedor: assistir à sessão no Pleno e participar da audiência simulada. São experiências únicas que contribuem para nosso crescimento no curso. Fazer uma simulação com uma juíza de verdade é algo muito especial, especialmente para mim, que quero seguir carreira na advocacia”.