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Campanha em Defesa da Justiça do Trabalho é lançada com apoio de diversas instituições

publicado: 31/03/2017 às 17h23 | modificado: 21/10/2018 às 10h55

O TRT-MG promoveu nesta sexta-feira (31), às 9 horas, ato de lançamento da Campanha em Defesa da Justiça do Trabalho, uma iniciativa do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho (Coleprecor). Hoje foram realizados eventos públicos em Tribunais do Trabalho de todo o país.

Em Minas, o público lotou o auditório do edifício sede, e o evento contou com a participação de diversas instituições da sociedade: MPT, OAB/MG, Amatra3, Amat, SRTE/MTE, Sitraemg, Sinduscon/MG, Ames, Sintest, Seconci/MG.

Foto: Carolina Achilles

Primeiro orador do evento, o presidente do TRT, desembargador Júlio Bernardo do Carmo, disse que a campanha deve abarcar duas vertentes: levar a sociedade a conhecer o relevante papel da Justiça do Trabalho para a defesa dos direitos trabalhistas, elaborando cartilhas para distribuir à população, inclusive nas escolas; e valorizar o papel desse ramo do Judiciário, repelindo os ataques diários contra a sua imagem. Ele lembrou o ataque promovido em 2015, quando votado o corte orçamentário que quase levou a Justiça do Trabalho a fechar suas portas, e os novos ataques que ela vem sofrendo.

"O ataque vem não só de parte do empresariado e de instituições que o representam, como também passou ao vezo da repetição no seio do Congresso Nacional, felizmente por parte de uma pequena parcela de parlamentares", pontuou o representante da Corte mineira.

Para o desembargador, a manifestação do presidente da Câmara em defesa da extinção da Justiça do Trabalho pode ter sido fruto de ação orquestrada para intimidar o ramo do Judiciário que tem criticado projetos do governo que, segundo pensa, tem "o propósito de aniquilar direitos sociais arduamente conquistados pela classe trabalhadora". Com a eventual extinção da Justiça do Trabalho, "retornaríamos aos sombrios tempos da escravidão humana degradante, como a vivenciada nos primórdios da revolução industrial".

Presidente do TRT-MG discursa durante ato (Foto: Carolina Achilles)

O presidente do TRT-MG acredita que não podemos nos opor a uma reforma trabalhista que sirva para recolocar a economia nos trilhos e gerar empregos, mas, ao mesmo tempo, enfatiza que não se admitem retrocessos passíveis de comprometer a sadia qualidade de vida do trabalhador e o respeito intocável do mínimo ético social. Ele disse almejar um país em que o capital e o trabalho convivam harmoniosamente, com respeito aos direitos humanos e ao livre empreendedorismo, e lembrou, ao final, que a Justiça do Trabalho foi idealizada para manter o equilíbrio dessa equação.

Também fizeram uso da palavra a desembargadora do TRT-MG Juliana Vignoli Cordeiro, a procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho, Sônia Toledo Gonçalves, o presidente da OAB/MG, Antônio Fabrício de Matos Gonçalves, o presidente da Amatra-3, juiz Glauco Becho, o 1º secretário da Amat, Léucio Leonardo, o superintendente regional do trabalho e emprego, João Carlos de Amorim Gontijo, o coordenador-geral do Sitraemg, Alan da Costa Macedo, além de representantes de entidades participantes do Seminário Gestão do Trabalho Seguro, como início, logo após o ato, no mesmo local: Walter Bernardes de Castro, do Sinduscon/MG; João José Magalhães Soares, da Ames; Cláudio Ferreira Santos, do Sintest/MG; Andréia Kaucher Darmstadter, do Seconci/MG; e Jobson Andrade, do CREA/MG.

Depois do evento, o presidente do TRT-MG concedeu entrevista coletiva a diversos veículos de comunicação. (David Landau)

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