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Relação entre magistratura e mídia é tema de palestra no TRT

publicado: 04/04/2017 às 15h25 | modificado: 04/04/2017 às 17h40

Foto: Madson Morais

A Escola Judicial promoveu na última quinta-feira (30), no auditório do edifício sede do Tribunal, a palestra Magistratura e Mídia no século XXI: uma relação de desconfiança. Ministrada pelo desembargador James Magno Araújo Farias, presidente do TRT da 16ª Região Maranhão, tratou da relação entre mídia e magistrados, ressaltando alguns conflitos vividos no momento atual do país.

Presentes ao evento: os desembargadores Júlio Bernardo do Carmo, Ricardo Antônio Mohallem e Fernando Antônio Viégas Peixoto, respectivamente, presidente, 1° vice-presidente e corregedor do TRT-MG; a conselheira da Escola Judicial desembargadora Denise Alves Horta, o presidente da Amatra3, juiz Glauco Rodrigues Becho, e a juíza Maria Raquel Ferraz Zagari Valentim, coordenadora acadêmica da Escola.

O desembargador Júlio Bernardo do Carmo saudou todos presentes e agradeceu a oportunidade de discutir o tema. Em seguida, a desembargadora Denise Alves Horta cumprimentou o palestrante, ressaltou a importância de discutir a relação entre magistratura e mídia, aludindo a quanto o tema é “complexo e instigante”. Ela lembrou que o próprio magistrado, muitas vezes, também é julgado pela opinião midiática. “Há uma relação de desconfiança nesse contexto, mas que é preciso ser enfrentada, sobretudo aprimorada para que haja transparência, clareza e objetividade sem distorção”.

O desembargador James Magno Araújo Farias lembrou como a tecnologia é parte, cada vez mais, do dia a dia das pessoas e torna a informação mais acessível. Para ele, há um lado positivo, pois a informação chega mais rápido, mas alerta sobre o perigo de uma sociedade raivosa nas redes sociais baseada no ódio e incapaz de filtrar as informações.

Assim, existe uma necessidade de profissionalizar as assessorias de comunicação dos tribunais e de criar canais diretos e próprios de divulgações do Judiciário. “As pessoas nem sempre veem o que fazemos e o tratamento que damos a todos os casos que chegam até a gente”. Atualmente, o Judiciário está no epicentro dos conflitos reprimidos, e a grande mídia, emparedada pelo acesso direto das redes sociais, principalmente com o surgimento das mídias alternativas. A troca de experiências e ideias pode então resultar em ponto de equilíbrio no relacionamento dos magistrados com os meios de comunicação, finalizou. (Texto: Daniela Aquino - estagiária) Foto: Madson Morais

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