Giftbox sobre trabalho escravo chega ao TRT-MG
Foto: Leonardo Andrade
Uma caixinha de presente pode trazer surpresas desagradáveis. É com essa analogia que a giftbox da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Faculdade de Direito da UFMG chega nesta quarta-feira (12) e permanece até sexta-feira (14) no hall da sede do TRT-MG, na avenida Getúlio Vargas, em Belo Horizonte. O objetivo é conscientizar os visitantes sobre temas como trabalho escravo e tráfico de pessoas. Eles podem conferir três histórias reais e impactantes de pessoas submetidas a condições de trabalho degradantes.
A caixa está aberta à visitação do público nesta quarta (12) e quinta-feira (13), das 12 às 18 horas, e nesta sexta (14), das 10 às 18 horas. Nesses três dias em que a caixa ficará no TRT-MG, os visitantes serão recebidos pelas estagiárias Luana Oliveira, Tatiane Montes e Rita Magalhães, estudantes de Direito da UFMG.
A ação é parte do Congresso “Trabalho Escravo Contemporâneo: Desafios e Perspectivas - Novo cenário trabalhista e impactos no enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo”, que acontece nesta sexta (14), das 14 às 19 horas, na avenida Getúlio Vargas, 225 – 10º andar, em Belo Horizonte.
Segundo a advogada da Clínica de Trabalho Escravo, Marcela Rage, a giftbox é parte de uma campanha de conscientização lançada em 2012 no Reino Unido, durante as Olimpíadas de Londres. “A caixa representa as situações em que acontecem o aliciamento de pessoas. O aliciador aborda as vítimas e vende sonhos numa embalagem muito bonita. Depois, quando elas se deparam com a realidade, vem a surpresa de uma verdade nada agradável. As vítimas estão em situação de vulnerabilidade”, explicou.
Ela ainda lembra que existe o disque 100, em que a população pode denunciar casos envolvendo violação de direitos humanos. A Clínica também possui um telefone (31 99688-8364) e é formada por equipe de professores, advogados e estudantes de Direito da UFMG, que oferece assistência jurídica gratuita às vítimas de tráfico humano e trabalho escravo. A coordenação fica a cargo dos professores Lívia Miraglia e Carlos Haddad.
O Congresso é promovido pela Escola Judicial e Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo Contemporâneo do do TRT-MG em parceria com o Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo (Comitrate), a Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), o MPT-MG, a Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Faculdade de Direito da UFMG, o Ministério do Trabalho e a OAB - Seção Minas Gerais.