Palestra do TRT-MG sobre letramento racial inspira alunos da rede pública a sonhar
Resumo em texto simplificado
Na tarde desta segunda-feira (25/11), a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Itabira, Luciana de Carvalho Rodrigues, ministrou uma palestra sobre letramento racial na Escola Estadual Professora Francisca Malheiros, com a participação de 52 alunos do 7º e 8º ano. A atividade abordou temas como miscigenação, enfrentamento ao racismo e o estímulo ao sonho como força transformadora. A magistrada destacou a importância da representatividade negra, inspirando os jovens a confiarem em seu potencial. O professor Sérgio Oliveira reforçou a relevância do tema para a formação dos alunos, enquanto a estudante Ana Luisa refletiu sobre a igualdade e a necessidade de esforço para alcançar seus sonhos.
Saiba mais sobre esta iniciativaNa tarde desta segunda-feira (25/11), a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Itabira, Luciana de Carvalho Rodrigues, ministrou uma palestra sobre letramento racial na Escola Estadual Professora Francisca Malheiros, com a participação de 52 alunos do 7º e 8º ano do ensino fundamental. A iniciativa faz parte do Programa Justiça e Cidadania, promovido pelo Centro de Memória/Escola Judicial, em parceria com o Comitê Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
Durante a palestra, os alunos foram introduzidos ao conceito de raça sob perspectivas sociais e históricas, além de tratarem temas como a miscigenação no Brasil, a importância da autodeclaração, o enfrentamento ao racismo e o estímulo ao sonho como força transformadora. A magistrada enfatizou que estimular os jovens a sonhar é essencial, pois os sonhos proporcionam força para lutar, encontrar o caminho e buscar novas possibilidades.
"Quando falta representatividade, muitas vezes achamos que não podemos sonhar. Por isso, estar na escola como uma juíza negra, trazendo representatividade, compartilhando minha história e as histórias de outras pessoas negras, é uma forma de ajudar esses jovens a se sentirem mais confiantes e determinados a lutar por seus próprios sonhos", destacou.
O professor Sérgio Oliveira reforçou a relevância do letramento racial para os estudantes, destacando que essa abordagem os ajuda a compreender que têm um lugar a ocupar dentro e fora dos espaços escolares, reconhecendo a escola como uma preparação para a vida. "No campo das ciências, promovemos discussões importantes sobre raça e sobre como, às vezes, a ciência é usada de forma inadequada para perpetuar preconceitos e disseminar desinformação. Nosso papel como professores é trazer os estudantes para confrontarem esses discursos", acrescentou.
Por fim, ao término da atividade, a aluna Ana Luísa da Cruz Dias compartilhou sua reflexão: "Aprendi que, muitas vezes, as pessoas tentam diferenciar as pessoas pretas das brancas, mesmo quando não há diferença. E que para realizar um sonho exige esforço: é preciso correr atrás, agarrar as oportunidades que surgem e tentar, não desistir''.