Palestra sobre confusão de significados entre adulto e criança marca abertura do Maio Laranja no TRT-MG
“A violência, incluindo a sexual, perpassa a história da humanidade. Mas o que leva uma pessoa próxima da família e da criança a cometer o abuso sexual? Doença, perversão ou repetição de algo vivenciado? Tem como prevenir o ato? O assunto é sério e é preciso refletir com atenção sobre essas questões”, provocou o psicólogo e psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli, durante a palestra “Confusão entre adulto e criança”, na tarde desta sexta (6/5), no 8º andar do edifício-sede do TRT-MG em Belo Horizonte.
O evento abriu o Maio Laranja, Mês do Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, e foi promovido pelo Comitê Gestor Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, em parceria com a Escola Judicial do TRT-MG. Houve também transmissão ao vivo da palestra, que pode ser conferida na íntegra neste link: (13) 06 de Maio de 2022 - Palestra Confusão Entre Adulto e Criança - YouTube.
O psicólogo e psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli explicou que há um descompasso entre a pulsão sexual/energia da criança e do adulto. Segundo ele, ocorre a confusão de significados sobre o abuso, uma vez que a criança não tem a mesma leitura, a mesma percepção do abuso que o adulto.
“Quando um adulto abusa, ele não está respeitando o tempo da criança, de amadurecimento dela. Para identificar potenciais casos de abuso, é necessário escutar a criança com atenção e tomar as providências necessárias em seguida, inclusive juridicamente, sem se esquecer de tratar do trauma vivenciado”, enfatizou.
Juízas Cristiana Soares Campos, Renata Lopes Vale e Érica Martins Júdice, desembargadora Jaqueline Monteiro Lima, desembargador Ricado Antônio Mohallem, juíza Hadma Christina Murta Campos e o psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli
Abertura
A mesa de honra foi composta pelo presidente do TRT-MG, desembargador Ricardo Antônio Mohallem; pelo corregedor, desembargador Fernando Rios Neto; pelo vice-corregedor, desembargador Manoel Barbosa da Silva; pela coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem no TRT-MG, desembargadora Jaqueline Monteiro de Lima; pela desembargadora Adriana Orsini; pela procuradora do Trabalho, Luciana Marques Coutinho, e pelo palestrante, o psicólogo e psicanalista Paulo Ceccarelli.
A abertura do evento foi feita pelo presidente do TRT-MG, desembargador Ricardo Mohallem, que enfatizou a alegria de ver o auditório repleto de pessoas e a importância do Maio Laranja.
Em seguida, ele passou a palavra à coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem no TRT-MG, desembargadora Jaqueline Monteiro de Lima, que relembrou a origem da data 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, alusiva à morte da menina Araceli, violentada e morta aos oito anos de idade em Vitória, no ES.
Ela lembrou que no dia 18 de maio deste ano haverá contação de histórias em algumas escolas públicas e serão postados conteúdos nas redes sociais do Tribunal, além da iluminação do prédio da Justiça do Trabalho em Belo Horizonte, na cor laranja, o que representa total engajamento e traz luz ao combate do abuso sexual de crianças e adolescentes, geralmente cometidos por pessoas próximas e da intimidade da família.
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Fotos: Leonardo Andrade