Biblioteca da Justiça do Trabalho mineira doa livros na Apac de Santa Luzia
Foto: Leonardo Andrade
Por iniciativa da Biblioteca da Justiça do Trabalho em Minas Gerais, os 160 internos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Santa Luzia, município da região metropolitana de Belo Horizonte, receberam, nessa terça-feira (22), 800 kits de livros e cartilhas para serem presenteados a seus familiares menores de idade.
Autora do projeto Solidariedade Literária, que estimula o combate ao trabalho infantil usando a leitura como ferramenta, a Biblioteca promoveu uma campanha dedicada às crianças na JT, que arrecadou as obras com magistrados, servidores, colaboradores e advogados durante o mês de outubro.
Presentes à Apac para a doação, além dos servidores da Biblioteca, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e dos gabinetes dos juízes presentes Antônio Carlos Rodrigues Filho , titular da Vara do Trabalho de Santa Luzia, e Rodrigo Cândido Rodrigues, coordenador acadêmico da Escola Judicial. Em suas manifestações, além de elogiarem o trabalho das 39 Apacs existentes em Minas Gerais, ambos estimularam os trabalhos realizados pelos internos, que para o coordenador da EJ, é capaz de dar sentido à vida. Já o titular da VT de Santa Luzia relatou para os presentes sua história de vida pessoal, que o estimulou, apesar da pouca perspectiva na infância, a estudar para ser aprovado em concurso para cargo na magistratura trabalhista.
Conduzida e organizada pela bibliotecária Márcia Lúcia Neves Pimenta, responsável pela biblioteca, que destacou em sua fala a seriedade do Trabalho desenvolvido na Apac de Santa Luzia, “atuando com muita sabedoria na humanização do cumprimento da pena, por meio da valorização do ser humano”, a cerimônia de doação dos livros, ainda teve execução de canções da MPB pelos servidores Sérgio Aurélio Silva e Raimundo Andrade da Rocha.
Associação de Proteção e Assistência aos Condenados
O trabalho desenvolvido pelas Apacs visa fazer com que o apenado se prepare para se reintegrar ao convívio com a sociedade. Na Apac de Santa Luzia, como nas outras 38 de Minas, diferentemente do sistema carcerário comum, os próprios condenados são corresponsáveis por sua recuperação. Eles têm assistência espiritual, social, médica, psicológica e jurídica, prestadas por voluntários da comunidade.
Na parte educacional e de formação para o trabalho, passam por cursos supletivos, profissionalizantes, técnicos, em alguns casos de graduação, oficinas de arte, laborterapia e por outras atividades que contribuem para a reinserção social.
Em Minas Gerais, que tem 39 Apacs em funcionamento, entre unidades masculinas e femininas, elas são pessoas jurídicas de direito privado que administram os Centros de Reintegração Social (CRSs) de recuperandos.
São conduzidas pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), tendo como parceiro o TJMG, por meio do Programa Novos Rumos. São também parceiros estratégicos das Apacs o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), e o Ministério Público.