TRT-MG recebe alunos de escola pública para edição temática do Programa Justiça e Cidadania

A Biblioteca do TRT-MG recebeu, nesta segunda-feira (19/8), 20 alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Honorina de Barros, de Belo Horizonte, em mais uma atividade do Programa Justiça e Cidadania. O evento temático foi uma ação conjunta com o Centro de Memória e o Comitê de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade.

Abrindo as atividades, a coordenadora da Biblioteca, Márcia Lúcia Neves Pimenta, conversou com as crianças sobre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e suas respectivas atribuições. Em seguida, foi realizada uma apresentação sobre os marcos importantes do registro da informação, desde a oralidade e das pinturas rupestres, até a era digital com o desenvolvimento da internet e da inteligência artificial. Antes do intervalo para o lanche, os alunos participaram de uma atividade lúdica e formaram a frase: “O conhecimento só floresce quando as diferenças e as liberdades são respeitadas”.

Racismo

A segunda etapa do evento foi iniciada com uma palestra da juíza do trabalho Luciana de Carvalho Rodrigues. O tema central foi o letramento racial, um conjunto de práticas pedagógicas para desenvolver a consciência para reconhecer, criticar e combater atitudes racistas.

A magistrada compartilhou sua experiência pessoal e fez questão de destacar outros negros que venceram o racismo e se destacam em suas profissões, trazendo à tona as três medalhas de ouro olímpicas do Brasil nas últimas olimpíadas, todas vindas de mulheres negras: Rebeca Andrade, na ginástica; Beatriz Souza, no judô; e Ana Patrícia, no vôlei de praia.

Gênero

Por fim, a juíza do trabalho Jéssica Grazielle Andrade Martins conduziu uma roda de conversa com as crianças sobre justiça restaurativa e resolução de conflitos relacionados à perspectiva de gênero. A magistrada procurou conscientizar os alunos sobre o respeito às diferenças, recorrendo à frase de Marshall Rosenberg, psicólogo e autor americano: “toda violência é a manifestação trágica de uma necessidade não atendida”.

Tour e depoimentos

As crianças ainda realizaram um tour pelas instalações e receberam kits com brindes personalizados dos programas institucionais do Tribunal. Após a tarde de atividades, a aluna Maria Júlia Matos destacou a experiência adquirida. “Aprendi sobre a importância do respeito, amor e carinho, e que não podemos cometer racismo e bullying. São coisas que podemos levar pra vida”.

Para a juíza Luciana Rodrigues, o Programa Justiça e Cidadania contribui para a formação de cidadãos conscientes. "Além de abrir as portas da Justiça para a comunidade, a iniciativa também proporciona um contato maior dos juízes com a sociedade, indo além da atividade jurisdicional diária”.

Já a juíza Jéssica Martins entende que “a ideia é trazer o tema de uma forma leve para que essas crianças aprendam a respeitar o outro, independente de sexo, gênero e sexualidade. E que assim eles possam se sentir à vontade para compartilhar esse assunto, sem que isso vire um tabu”.

Jacyra Lage Gonçalves Diniz, professora coordenadora da Escola Integrada, acompanhou os alunos durante a visita. As estagiárias Fernanda Madeira Diniz Couto e Beatriz de Paula Silva também participaram das atividades.

Justiça e Cidadania

Essa foi uma edição Especial do Programa Justiça e Cidadania, que tem o objetivo de realizar ações educativas para estabelecer canais de comunicação entre a instituição e a comunidade. O Programa atende escolas e faculdades da rede pública e privada da capital e interior de Minas Gerais.

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