50 anos da Biblioteca do TRT-MG: passado, presente e futuro
Resumo em texto simplificado
O TRT-MG celebrou os 50 anos de sua Biblioteca com lançamento de livros, apresentações artísticas e palestras, com casa cheia na Escola Judicial do Tribunal. O evento destacou a importância histórica e o futuro das bibliotecas como espaços de conhecimento e inclusão. Também foram lançadas obras que valorizam a memória e o conhecimento.
Saiba mais sobre esta iniciativaLançamento de livros, apresentações artísticas e palestras marcaram, nesta quinta-feira (22/5), a celebração dos 50 anos da Biblioteca do TRT-MG. O evento foi realizado no auditório da Escola Judicial e contou com a presença de bibliotecários de dentro e fora do Tribunal, magistrados, servidores, terceirizados e estagiários do Regional mineiro. A cerimônia também foi transmitida pelo canal oficial do TRT-MG no YouTube. O poeta Nuno Arcanjo e o grupo musical Camerata de Violões da Escola de Música da UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais) se apresentaram no decorrer da solenidade.
O evento foi aberto pelo 2º vice-presidente da instituição e diretor da Escola Judicial, desembargador Emerson José Alves Lage, que destacou a importância da Biblioteca. “É motivo não só de muita alegria, mas também de muito orgulho pela sua história, seu papel, suas várias ações e realizações ao longo de todo seu percurso de existência sempre fornecendo valiosos mecanismos de consulta e ações formativas a um público cada mais amplo e de forma inclusiva”.
Memórias e homenagens
O primeiro painel foi dedicado à valorização da memória institucional, com homenagens aos que fizeram parte da história da Biblioteca. Destaque para o lançamento do livro “Memórias dos Usuários da Biblioteca” e para os depoimentos de servidores, estagiários e magistrados.
A juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Itabira, Luciana de Carvalho Rodrigues, participou da cerimônia e enfatizou a importância da Biblioteca do TRT-MG em sua trajetória profissional. Em seu depoimento no livro recém-lançado, afirmou: “Nenhuma biblioteca foi (e continua sendo) mais importante em minha vida do que a Biblioteca do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Na era analógica, sem computador e sem internet, era lá que pesquisava as coleções da Revista dos Tribunais, da Ltr, da IOB e do Dicionário de Decisões Trabalhistas, em busca de jurisprudências para auxiliar na elaboração de iniciais, contestações e recursos para o escritório em que fui estagiária e depois advogada. Nela também enfrentei o desafio de estudar para o concurso da magistratura”, relembrou.
Ao final do primeiro painel, os participantes foram convidados para a inauguração da exposição "Ler na Cidade", da coordenadora Fabíola Farias, que retrata a leitura em diferentes espaços de Belo Horizonte. A curadora reuniu 14 ilustradores brasileiros de livros infantis e cada um representou na sua obra o seu jeito pessoal e intimista de observar o cotidiano das pessoas. As ilustrações são acompanhadas de breves biografias, revelando aspectos da trajetória e do processo criativo de cada artista.
Biblioteca do Futuro
Na segunda parte do evento, foram realizadas palestras mediadas pelo coordenador acadêmico da Escola Judicial, juiz Cléber Lúcio de Almeida. “Biblioteca é sinal de conhecimento, que é o que nos permite conhecer o passado e preparar o futuro. Daí a relevância de uma biblioteca. O futuro da humanidade depende do futuro do conhecimento. E por isso, é importante discutir o futuro das bibliotecas”.
A primeira palestra, intitulada “Bibliotecas do Futuro: Perspectivas para os próximos 50 anos”, foi ministrada pelo bibliotecário da Faculdade Dom Helder, Lucas Martins de Freitas Júnior. Ele destacou que “as bibliotecas estão em constantes mudanças, constantes evoluções. Eu acredito e sonho que seja um espaço mais aberto, um espaço mais democrático, mais social que pode, de fato, promover a mudança que nós precisamos em nossa sociedade”.
Na sequência, a estagiária da Biblioteca do TRT-MG e graduanda em Biblioteconomia, Fernanda Couto, apresentou “Base de Dados: Direito do Trabalho pelo Mundo”. Segundo a estudante, a palestra é baseada em seu estudo que “reúne legislação trabalhista, constituição, jurisprudência e direito comparado, dos países que são reconhecidos ou que estão em observação pela ONU. É importante discutir sobre o Direito do Trabalho e como que as inovações tecnológicas vão impactar na forma que as pessoas pesquisam e produzem conhecimento”.
Fronteiras
Encerrando a programação, Bruna Roriz, historiadora do Centro de Memória/Escola Judicial do TRT-MG, lançou seu livro “Transpor fronteiras. A circulação dos livros da editora mexicana Fondo de Cultura Económica no Brasil (1952 a 1965)”. Para a autora, “é um momento de grande alegria, primeiro porque é uma honra prestigiar o evento de 50 anos da Biblioteca, ainda mais tendo a oportunidade de lançar o meu livro, que é exatamente um livro sobre livros, em um evento com muitos bibliotecários, frequentadores da Biblioteca, leitores, enfim, pessoas que gostam de livros”, admitiu Bruna que ainda completou “A Biblioteca significa um espaço de promoção de cultura e de leitura. Acho que ela nos lembra que a cultura, a leitura, a educação, deve ter espaço em qualquer instituição”.
A bibliotecária-chefe do TRT-MG, Márcia Pimenta, foi homenageada durante o evento e avaliou positivamente as atividades do dia. "A Biblioteca tem 50 anos de muita pesquisa, de muitos usuários. É um sucesso não só para a biblioteca, mas para a sociedade, para o Tribunal. Então, eu só tenho que agradecer. Agradecer por esse momento que foi magnífico. Acho que representou todos esses 50 anos".
