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Consumo, empreendedorismo e economia doméstica: bate-papo entre mulheres é atração no TRT-MG

publicado: 11/03/2025 às 17h29 | modificado: 01/04/2025 às 14h23
Resumo em texto simplificado

O TRT-MG promoveu um bate-papo sobre consumo, empreendedorismo e economia doméstica, com a participação de mulheres que destacaram temas como empreendedorismo feminino e educação financeira. Regina Dinelli ressaltou a importância de preparação financeira e estudo de mercado para o sucesso empresarial. O evento também abordou sustentabilidade, com Wilmeia Benevides compartilhando desafios da agropecuária e os impactos ambientais do trabalho no campo.

Saiba mais sobre esta iniciativa

Nesta terça-feira (11/3), dando seguimento à programação do Mês da Mulher, o TRT-MG realizou no auditório da Escola Judicial, um bate-papo sobre consumo, empreendedorismo e economia doméstica. A conversa foi conduzida pela secretária de comunicação social do TRT-MG, jornalista Adriana Spinelli, e contou com a participação de mais sete mulheres que compartilharam suas experiências e posicionamentos sobre diferentes temas. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do TRT-MG no YouTube e pode ser assistido por aqui, a qualquer momento.

Convidadas

Wilmeia Benevides, juíza aposentada; Regina Dinelli, servidora aposentada e diretora-presidente do Sicoob Coopjus; Júnia Paula Fernandes de Oliveira, servidora e chefe da Seção de Sustentabilidade e Inclusão; Kamila Luzia Doxa Santos, estagiária; Eliana Torres Ribeiro, colaboradora terceirizada; Dariane Talita Ribeiro Alves, colaboradora terceirizada; e Kátia Almeida gerente de negócios do Sicoob Coopjus.

Convidadas do bate-papo.

Bate-papo

Iniciando a conversa, Spinelli trouxe números sobre o empreendedorismo e a participação das mulheres brasileiras. O Brasil é o sétimo país com maior número de empreendedoras no mundo, com mais de 16 milhões, sendo que 49% dessas empreendedoras são chefes de família e 82% empreendem por necessidade.

No entanto, para empreender com sucesso, Regina Dinelli, diretora-presidente do Sicoob Coopjus, alerta para alguns cuidados que devem ser observados. “Tem que estar cercada de bons profissionais, um bom contador, uma parte de marketing. Hoje se vende muito mais nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp. Quando você tem um sonho, você tem que se preparar financeiramente pra não se endividar, porque senão o seu negócio não vai durar. Então o recado que eu dou para as mulheres que tem desejo de empreender, é estudar, procurar informações, tem muitos cursos novos de graça, e estudar o mercado antes de se aventurar no negócio, porque empreender não é brincadeira”, recomenda.

Outro ponto destacado na roda de conversa foi a economia doméstica. Dariana Alves, colaboradora terceirizada e empreendedora no ramo de confeitaria, ressalta a importância de instruir o público mais novo sobre finanças. Os jovens estão se endividando muito cedo, fazem dezoito anos, já pegam um cartão de crédito, ‘estouram’ o nome. É muito importante ter essa educação financeira desde pequeno, porque você vai saber do seu limite para gastar”, diz.

Dariana Alves.

Em relação ao tema sustentabilidade e consumo, a juíza aposentada do TRT-MG Wilmeia Benevides, agora agropecuarista, abordou os desafios encontrados na nova profissão. “Quem mexe com agricultura tem que cuidar da situação do plantio. Nós trabalhamos com intempéries o tempo inteiro, a nossa fábrica é a céu aberto. Nós temos que cuidar das matas ciliares, cuidar do nosso lixo. Se o lixo for para o campo, o prejuízo é enorme, tanto para a plantação quanto para o gado, e nós não podemos queimar nada na fazenda”, conta.

Participação do público

A bibliotecária-chefe do TRT-MG, Márcia Pimenta, assistiu ao bate-papo no auditório da Escola Judicial e deu sua colaboração em relação à sociedade do consumo. “É o nosso papel doar, ser solidário com o outro. Se está sobrando, se nós estamos comprando a mais, tem pessoas que não têm nada. Eu sou bibliotecária e fazemos um trabalho de solidariedade literária aqui no TRT, onde nós levamos livros para algumas comunidades, pessoas que não têm, crianças que não têm um livro em casa. Nós enquanto mulheres, temos que passar isso para os nossos filhos, porque se você tem, você pode doar e não apenas vender e isso é um ato de amor”.

A chefe da seção de Memória do TRT-MG, Maria Aparecida Cunha, compartilha da opinião da bibliotecária. “Eu acho que temos refletido sobre essa questão do tempo, sobre essa questão do consumo, de como somos privilegiados em vários sentidos e como nós às vezes reforçamos isso nesse consumo. Podemos gastar menos e pode distribuir mais, pode doar mais. Não só a questão material como o nosso tempo e nosso conhecimento”, completa.

Encerramento

Ao final do evento, a jornalista Adriana Spinelli agradeceu à contribuição das participantes e reforçou a programação do Mês da Mulher no TRT-MG, que se estende até o final do mês de março. Entre elas, a atividade “Mulheres negras convidam”, que será realizada nesta quarta-feira (12/3), com depoimentos de profissionais de dentro e fora do Tribunal, como das magistradas Adriana Goulart, desembargadora do TRT-MG, e Adenir Carruesco, desembargadora do TRT-MT.

Veja a programação completa.

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