Filósofo Paulo Volker fala sobre planejamento estratégico no TRT
O filósofo Paulo Volker esteve presente, nesta sexta-feira, em mais uma reunião do Planejamento Estratégico do TRT da 3ª Região, que está em fase de implantação, e da qual participaram diretores, secretários e assessores da instituição.
Em suas manifestações, que precederam a palestra de Volker, tanto o desembargador Eduardo Augusto Lobato, presidente do tribunal, que estava acompanhado da vice-presidente judicial, desembargadora Emília Facchini, quanto o diretor-geral, Luís Paulo Garcia Faleiro, destacaram a importância do planejamento estratégico para a instituição e a necessidade do envolvimento de todos, magistrados e servidores, para o alcance dos objetivos propostos. E Luís Paulo foi além ao afirmar o papel que devem ter os gestores, público-alvo da reunião, na implantação do processo, já que são por excelência o elo de ligação entre a Administração e suas respectivas unidades de atuação .
O presidente do TRT reforçou a importância da participação de todos na implementação do Planejamento Estratégico |
Em sua palestra sobre o tema O hoje e o amanhã: os desafios do planejamento estratégico, o filósofo e consultor traz ao universo do planejamento estratégico um novo conceito, segundo ele, crucial nessa seara: o de pertinência. “Um planejamento estratégico que não trabalha as pertinências não é planejamento”, vaticina. Ele frisa que fazer planejamento é mergulhar, antes de mais nada, no rol das pertinências, das essencialidades, ou seja, aquilo que está na raiz da instituição. Dessa forma, para conferir ao planejamento um caráter de cientificidade, é preciso investigar as altas, médias e baixas pertinências dentro da organização.
Para tornar mais clara a sua teoria, o palestrante cria um equipamento imaginário, que, segundo explica, deverá ser capaz de medir e apontar o grau das pertinências de qualquer instituição: o “pertinômetro”. De acordo com Wolker, pertinência pode ser medida por um indicador simples. Se, por exemplo, ao ser indagado sobre a importância de abrir o seu correio eletrônico todos os dias, o servidor responde “tanto faz”, é porque isso é algo de baixa pertinência. A média pertinência se dá quando ele reconhece que algumas vezes precisa realizar aquele trabalho. E será reconhecida como de alta pertinência a tarefa ou procedimento que sempre precisará ser realizada, sob pena de a instituição não funcionar ou funcionar mal. Sintoma disso é quando o responsável por determinado setor ou tarefa não pode desligar o celular nem no final de semana, pois é vital que ele resolva com a máxima agilidade os casos que podem lhe ser levados a qualquer hora, do dia ou da noite.
Para Paulo Volker um planejamento estratégico que não trabalha as pertinências não é planejamento |
Mas, conclui o filósofo, a lógica do planejamento estratégico é a lógica mesma da vida: é fundamental que se viva dentro da lógica das pertinências para saber quando e como agir, quando trabalhar, quando descansar etc.
Por fim, ele destaca a importância do planejamento participativo, para o qual é fundamental a união entre as equipes e uma forma de tratamento mais humana, respeitosa e ética entre os seus integrantes. “Estar com o outro é um processo essencial do planejamento estratégico”, pontua, acrescentando que o verdadeiro planejamento estratégico envolve, necessariamente, um processo de introjeção dos participantes, em interrelação direta com a instituição: “Assim, teremos as pessoas mudadas pela organização e a organização mudada pelas pessoas, num processo recorrente e retroalimentado, em que a instituição irá sempre alcançar metas cada vez mais elevadas”, finaliza. (Divina Dias/Margarida Lages)
O servidor Antônio Cláudio dos Santos Rosa(1º à esq), do Núcleo de Controle Interno, foi o ganhador de um notebook, da promoção "Álbum de Figurinhas Virtual", iniciativa da Assessoria de Planejamento do TRT (fotos: Leonardo Andrade) |