Servidores do interior participam do fórum de avaliação e identificação de competências organizacionais do TRT-MG
A coleta de indicadores comportamentais, por meio do fórum de avaliação e identificação das competências organizacionais críticas do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, iniciado nessa segunda-feira com os magistrados, teve prosseguimento ontem e continua hoje no prédio da Rua Goitacases, em Belo Horizonte, com os servidores, muitos do interior do Estado.
Fotos Walter Sales |
Por se tratar de uma etapa do projeto de Gestão por Competência, a ser implantado no Tribunal como desdobramento do seu Planejamento Estratégico, primeiro é feita uma exposição do projeto, depois os convidados recebem material para avaliações e proposições na busca do estado ideal das coisas. A ideia é obter subsídios que seriam, na visão de Celisa Gonçalves, professora de MBA e Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas, "a alma de um modelo" a ser concebido, dentre outras finalidades, para dar visibilidade ao desempenho das pessoas e para identificar as necessidades a serem supridas.
Para o calculista Alexandre Magnus Melo Martins, do Foro de Juiz de Fora, que gosta muito do espírito de equipe existente no setor onde trabalha, é necessário que o projeto contemple critérios objetivos para indicação dos ocupantes de funções e cargos comissionados, pois isso premia o desempenho dos servidores, estimulando-os a contribuir, cada vez mais, para o aprimoramento da prestação jurisdicional. Mas ele alerta que esses critérios precisam ser institucionalizados para serem efetivamente observados. Além disso, Alexandre vê a necessidade de se combater o assédio moral e a terceirização no âmbito do Tribunal, vislumbrando, no projeto de Gestão por Competências, uma oportunidade para que isso aconteça ou pelo menos seja discutido.
Jany Figueiredo, assistente da diretora da 2ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano, por sua vez, disse que "o mais importante é perceber que existe uma preocupação da instituição com a eficiência dos recursos humanos que ela tem". E acrescenta que "isso faz a gente sentir que contribui para o Tribunal cumprir bem sua missão".
Roseane Ribeiro de Souza, diretora da Vara do Trabalho de Ouro Preto, a seu turno, ficou satisfeita com "a preocupação da instituição com a busca de soluções para os problemas do jurisdicionado, destinatário final de todo o nosso esforço". Ela sugere, porém, que o Tribunal disponha de pessoal capacitado para, in loco , avaliar a necessidade de recursos humanos de todas as suas unidades, considerando o volume de serviços.
Essa etapa termina amanhã, com a participação de mais servidores. Como não há "limites de comportamentos a serem registrados", nem identificação de qualquer pessoa, inclusive do convidado participante do fórum, a expectativa é que os resultados colhidos expressem com fidelidade o pensamento médio do quadro funcional do TRT-MG. (Walter Sales)