TRT-MG abre o Maio Laranja com a palestra “Confusão entre adulto e criança”
O comitê gestor regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, em parceria com a Escola Judicial do TRT-MG, promove, nesta sexta-feira (6/5), às 14h, a palestra “Confusão entre adulto e criança”, com o psicólogo/psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli. O evento abre o Maio Laranja – mês do combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
Realizado em formato híbrido, os interessados poderão participar presencialmente no auditório do 8º andar da sede do tribunal (Av. Getúlio Vargas, 225, BH) ou acompanhar ao vivo pelo canal oficial da instituição no Youtube. Não há necessidade de inscrição prévia. A Escola Judicial emitirá certificado para todos os participantes. Para isso, basta inserir no formulário de presença, até 12 de maio, o código que será informado ao final da palestra.
Para o palestrante Paulo Roberto Ceccarell, “as diversas expressões de violência contra a criança sempre existiram. Contudo, de alguns anos para cá, movimentos sociais têm se mobilizado no sentido de debater esse triste aspecto da realidade. Falar da confusão entre o adulto e a criança é avaliar os desdobramentos, que podem ser traumáticos, da disparidade entre aquilo que a criança diz, e/ou faz, e a maneira como o adulto interpreta e simboliza a linguagem infantil”.
Maio Laranja
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado em 18 de maio, data alusiva à morte da menina Araceli, violentada e morta aos oito anos de idade. Por isso, o mês é nacionalmente conhecido como Maio Laranja, com o intuito de informar, sensibilizar e combater essa forma de violência.
Segunda a coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem no TRT-MG, desembargadora Jaqueline Monteiro de Lima, é de fundamental importância a mobilização, conscientização e divulgação de campanhas que objetivem a proteção das crianças e dos adolescentes contra o abuso e exploração sexual. "A atuação dos juízes não se restringe à atividade jurisdicional, sendo essencial o engajamento em atividades de mobilização da sociedade com foco na prevenção. Toda a sociedade unida, incluindo magistrados e servidores, será mais forte para atuação realmente efetiva e contundente contra a violência e abuso sexual que deixam marcas indeléveis nas crianças e adolescentes", afirma.
Todos os anos, 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no nosso país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos dados cheguem a ser denunciados às autoridades, ou seja, estes números na verdade são muito maiores. Qualquer pessoa que testemunhar, souber ou suspeitar que criança ou adolescente seja vítima de abuso, violência ou negligência, pode denunciar de forma identificada ou anônima através do Disque 100 - Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.