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Roda de Conversa propõe reflexão sobre capacitismo entranhado no cotidiano social

publicado: 18/09/2025 às 18h21 | modificado: 23/09/2025 às 17h30

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Resumo em texto simplificado

O TRT-MG promoveu uma roda de conversa sobre capacitismo, com palestrantes do judiciário e da academia, todos com deficiência. Os participantes discutiram como o capacitismo se manifesta no cotidiano e suas consequências, abordando estratégias de enfrentamento, como a sensibilização e a atuação das esferas políticas. O evento foi aberto ao público e transmitido online, com a participação de uma turma de ensino técnico do Senai Contagem.

Saiba mais sobre esta iniciativa

"O capacitismo está, de certa forma, entranhado no nosso cotidiano, em nossas palavras, ações, contexto escolar, de trabalho, em toda a vida em sociedade. Coisas que parecem tão simples, como falar 'isso é coisa de louco!', parece que é tão simples, mas traz embutido uma certa descredibilidade da pessoa com deficiência, que é o próprio conceito de capacitismo", destacou o chefe da seção de acessibilidade do TRT-MG, Francisco da Silva Soares, durante a abertura da Roda de Conversa com o tema "Pensando além da superfície: capacitismo interessa a alguém?", na tarde desta quinta-feira (18/9), no auditório da Escola Judicial e aberto ao público, presencialmente e online, por meio de transmissão ao vivo pelo canal do TRT-MG no YouTube. Ele foi o anfitrião e conduziu os debates, contextualizando as suas vivências como Pessoa com Deficiência (PCD) Visual. 

Os palestrantes foram convidados do meio judiciário ou acadêmico e são pessoas com deficiência, sendo eles a advogada e palestrante sobre inclusão e diversidade, Isadora Rodrigues Nascimento Santos; o analista do Ministério Público de Minas Gerais, Willian Lélis Braz Nascentes; o arquiteto e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcelo Pinto Guimarães e a juíza de Direito Substituta, Renata Rodrigues de Pádua, representando a presidência do Tribunal de Justiça Militar (TJM).  Entre o público presente, estava uma das turmas de ensino técnico do Senai Contagem.

Mesa de honra da roda de conversa sobre capacitismo 2025

Importância das campanhas no combate ao preconceito

Isadora Rodrigues foi a primeira palestrante, abordando os percalços no âmbito profissional como Pessoa com Deficiência Visual. "Então, são inúmeras camadas de preconceito que a gente sofre. Só em momentos como esse de diálogo que constatamos onde podemos avançar, o tanto que é importante também as esferas representativas, como a política, para que se movimentem e produzam diálogos nesse sentido. É importante também termos operadores do direito como agentes fiscalizadores dessas práticas capacitistas, impedindo que isso aconteça, por meio do diálogo e de campanhas de enfrentamento ao capacitismo e à violência, porque capacitismo também gera violência. Essas são algumas estratégias que podem ser adotadas num primeiro momento", disse ela.

"Se a sociedade não se sensibilizar para entender que pessoas com deficiência têm direito de tentar seguir a vida na maior plenitude possível, no maior número de papéis possível, então essas sociedade pode criar problemas e tentar limitar as PCDs de seguir adiante", afirmou Marcelo Guimarães, que tem deficiência física e comentou sobre o seu acesso limitado a certos estabelecimentos, por usar cadeira de rodas.

Estudantes do SENAI Contagem

A roda de conversa abriu um espaço para perguntas e comentários para os espectadores, que contribuíram com o diálogo. O evento foi promovido pela Seção de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, pelo Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho e pela Escola Judicial do Tribunal.

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