Programa de Equidade promove Roda de Conversa antirracista no mês da consciência negra
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Resumo em texto simplificado
O TRT-MG, por meio do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, realizou em 14/11 a roda de conversa “Diálogos Antirracistas: arte, voz e resistência em múltiplas perspectivas”. O evento ocorreu na Escola Judicial e foi transmitido pelo YouTube, reunindo estudantes do ensino médio e da EJA, acompanhados por seus professores.- Participaram da mesa a professora Roseane Porto, a desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini e as servidoras Marcela Hallack Loures, Silvana Santos Rocha e Mariza Campos Tomáz. As convidadas compartilharam vivências pessoais e profissionais relacionadas ao racismo, discutindo temas como desigualdade de oportunidades, discriminação e a importância das políticas afirmativas. Os estudantes relataram que passaram a reconhecer situações racistas do cotidiano após as discussões. A desembargadora Adriana destacou que o TRT-MG promoverá diversas ações antirracistas ao longo de novembro, reforçando a importância do letramento e da conscientização para combater preconceitos. Durante o evento, foi lançado o livro “Versos de liberdade: um colóquio contemporâneo”, de Marcela Hallack, obra construída a partir de diálogos com seu filho e inspirada em autores negros brasileiros.
Saiba mais sobre esta iniciativaO Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-MG, em parceria com a Biblioteca e Centro de Memória/Escola Judicial, promoveu, na tarde desta sexta-feira (14/11), no auditório da Escola Judicial (Rua Guaicurus,201), a Roda de Conversa “Diálogos Antirracistas: arte, voz e resistência em múltiplas perspectivas".
A desembargadora Adriana Orsini lembrou que o mês de novembro, no TRT-MG, será marcado por diversos eventos alusivos ao dia da consciência negra, com a temática antirracista. “A mensagem que nós queremos passar é que a cultura antirracista, o direito antidiscriminatório, é hoje uma pauta indispensável e necessária, dentro e fora do Tribunal. Quando a gente não reconhece um preconceito a gente não consegue vencê-lo. Um dos objetivos dessas atividades de letramento é vencer o negacionismo e também a falta de consciência das pessoas”, concluiu a magistrada.
A atividade foi transmitida ao vivo pelo canal do TRT-MG no youtube e teve como convidados presenciais alunos do 1º ano do ensino médio, da Escola Estadual Guerino Casassanta e alunos do Educação Jovens e Adultos do Centro de Apoio Comunitário (CAC) do bairro Serrano, acompanhados pelos professores André Henrique Santos da Rocha, Jeanne Mary Chequer, Helane Rocha Melo, Marília Bento Azevedo e Flaviana Pinheiro Rocha.

O evento reuniu na mesma mesa a professora e doutora em Direito e Sociedade, Roseane Terezinha Carvalho Porto; a gestora do Programa de Equidade do Regional, desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini; e as servidoras do Tribunal Marcela Hallack Loures, pesquisadora nas áreas de direitos humanos, filosofia, sociologia, linguagens, saberes e literaturas; Silvana Santos Rocha, escritora graduada em Letras Português/Inglês pela UFMG, pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional (CEPEMG); e Mariza Campos Tomáz, que também integra o Comitê de Equidade.
Vivências e experiências na luta antirracista
A Roda de Conversa teve como principal objetivo partilhar vivências e experiências destas mulheres relacionadas ao racismo. Além de relatos pessoais, as palestrantes também recorreram a obras de diversos ramos da arte e da literatura para mostrar como o racismo se dá no cotidiano. Temas como a desigualdade de oportunidades, a discriminação, as políticas afirmativas ainda tão necessárias, permearam toda a roda de conversa.
Ao final diversos participantes afirmaram que se identificaram com os temas tratados. As irmãs Gabi e Julie, estudantes do 1º ano do ensino médio, afirmaram que aprenderam muito e conseguiram, a partir das falas, identificar atitudes racistas comuns no dia a dia e que agora pretendem combater. A professora Jeanne Mary disse ser muito importante também para os alunos do EJA participarem dessas atividades, pois a maioria convive todos os dias com atitudes racistas que nem sempre conseguem reconhecer. "Quando eles ouvem sobre isso aqui, conseguem identificar essas atitudes e agora reagir", afirmou.

Na ocasião também foi lançado o livro da servidora Marcela Hallack: “Versos de liberdade: um colóquio contemporâneo". Os poemas que compõem esta obra são frutos de conversas entre mãe e filho, Marcela Hallack e Pedro Loures, e da interseção entre este diálogo e trechos Literários de escritores negros brasileiros, inclusive de período pré-abolição, que interagem com reflexões atuais.