Centro de Memória do TRT-MG participa do Noturno nos Museus
foto: Augusto Ferreira |
O Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) realizou, na tarde e noite desta sexta-feira (17), a sua primeira participação no evento Noturno nos Museus, promovido em sua 3ª edição pela Prefeitura de Belo Horizonte / Fundação Municipal de Cultura, simultaneamente, em 33 museus e espaços culturais, públicos e privados da capital mineira.
O Noturno nos Museus visa valorizar os espaços culturais e museus, de forma democrática, ao oferecer para o público, de diversas faixas etárias, uma programação dinâmica e gratuita. E movimentou o Centro de Memória localizado na sede do TRT-MG, com as visitas guiadas do programa educativo "Justiça & Cidadania"; a narração de histórias, a exibição do curta-metragem "Assis 3 x 4", e a apresentação do grupo musical Caixinha de Phósphoros, especializado em chorinho.
Pela administração do TRT-MG participaram a desembargadora presidente Maria Laura Franco Lima de Faria, o 1º vice-presidente, desembargador José Murilo de Morais; a desembargadora Emília Facchini, 2ª vice-presidente, ouvidora e diretora da Escola Judicial; e a corregedora regional, desembargadora Denise Alves Horta. Também prestigiaram o evento os desembargadores Fernando Rios Neto e José Eduardo de Resende Chaves Jr; a juíza auxiliar da Presidência, Olívia Figueiredo Pinto Coelho; o juiz Felipe Clímaco Heineck, diretor administrativo e financeiro da Amatra3, representando a entidade; a diretora judiciária do Tribunal, Telma Bretz Pereira, dentre outros gestores e servidores.
A programação se iniciou no Tribunal às 14 horas, com as visitas à exposição "Trabalho e Cidadania", composta por fotos, vídeos, mobiliário, áudios, pinturas, músicas, obras literárias, documentos e objetos. No meio da tarde, a juíza Denizia Vieira Braga, titular da 40ª Vara do Trabalho de BH, participou das atividades, com um momento de narração de histórias. "Quando estou contando histórias alcanço o melhor da minha alma. É como se eu estivesse viajando em outro mundo. Sem falar que é gratificante passar coisas boas para as pessoas e alegrá-las", disse a juíza Denizia Vieira Braga, que, além de contar quatro histórias, declamou um poema.
foto: Augusto Ferreira |
A desembargadora Emília Facchini, após comparecer à abertura do evento, definiu a data como um "dia é de festa", e ressaltou a "maestria" da juíza em contar histórias, "não só encantadoras como profundas". Ex-coordenadora do Centro de Memória, a servidora aposentada Ana Maria Matta Machado Diniz, também presente no evento, acredita que a participação do TRT no Noturno nos Museus "é uma oportunidade única para o Centro de Memória da Justiça do Trabalho apresentar seu acervo construído durante vários anos".
Ao falar durante a solenidade oficial do evento, a presidente da Casa, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, disse que o Tribunal, assumiu o desafio e aceitou o convite da Prefeitura de Belo Horizonte para participar do evento, deu mais um passo rumo à sua crescente atuação social e cultural. "Segue desse modo as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que recomendam ao Poder Judiciário abrir-se ao meio social, por meio da comunicação e da interatividade com seus jurisdicionados e com as comunidades em torno", afirmou.
Ela exemplificou como ações voltadas para a sociedade a unificação das bibliotecas Juiz Cândido Gomes de Freitas e Juiz Osiris Rocha, no prédio histórico da antiga sede do Tribunal, à Rua Curitiba 835; a restauração do antigo plenário desse edifício; os estudos para transformá-lo em Centro Cultural; a manutenção do acervo do Centro de Memória e a continuidade do programa Justiça e Cidadania, pela Escola judicial.
A Presidente afirmou que, se a cidade ganha com a participação do Centro de Memória da Justiça do Trabalho no Noturno, "mais ainda ganha o nosso Tribunal, que estreita seus laços com a sociedade e os cidadãos". Ela acredita que o evento representou a oportunidade de "mostrar melhor o trabalho dos magistrados e servidores em nossa missão de garantir a justiça no mundo do trabalho". E destacou ainda as contribuições do Centro de Memória, lembrando que "são raros os museus que focalizam as relações de trabalho no Brasil".
"Tudo isso acontece graças à determinação da Escola Judicial, de seus servidores, da conselheira Maria Cristina Diniz Caixeta e da sua atual diretora, desembargadora Emília Facchini, em perseverar nos cuidados com o Centro de Memória e com o Programa Cidadania e Justiça".
"E já que estamos falando de memória - prosseguiu a desembargadora Maria Laura - não podemos esquecer o vislumbre que tiveram, no passado ainda recente, o desembargador José Maria Caldeira, que presidia o Tribunal, quando da criação do Centro de Memória em março de 1997; o então presidente do tribunal, Gabriel de Freitas Mendes, que inaugurou a Exposição da Memória da Justiça do Trabalho de Minas Gerais, em dezembro de 1997; e o presidente Dárcio Guimarães de Andrade, que oficializou, dois anos depois, o Centro de Memória da Justiça do Trabalho de Minas Gerais como organismo destinado à gestão e preservação da documentação produzida pelo TRT-MG, visando a projetos de pesquisa e de história oral, e a programas de ação educativa".
"Portanto, ao inserirmos o Centro de Memória no Noturno nos Museus homenageamos esses pioneiros, bem como a servidora Anna Maria Mata Machado, recentemente aposentada, uma das maiores entusiastas do desenvolvimento do Centro até ao estágio em que ele se encontra atualmente".
Atividades
Fotos: Augusto Ferreira |
Às 19 horas, logo após o breve discurso da presidente do TRT3, foi exibido o documentário curta-metragem "Assis 3 x 4", dirigido por Ricardo Murad. O filme, que tem cinco minutos de duração e classificação livre, é um documentário em homenagem ao fotógrafo e artista mineiro Assis Horta, que realizou uma bela obra artística com fotos de trabalhadores. Por meio desse "curta", é possível conhecer um pouco da história pessoal e profissional de Assis Horta, bem como um breve ensaio sobre a sua obra.
Em seguida, por volta das 19:30 horas, começou sua apresentação o grupo Caixinha de Phósphoros, que pesquisa e estuda a execução, o repertório, a sonoridade original e a interpretação de nossa música instrumental mais brasileira: o Choro. O grupo, composto por André Salles Coelho, na flauta; Paulo Thomaz, no violino; Tereza Moura, no pandeiro e Elmo Sepúlveda, no fagote e tiple, abriu seu repertório com o antigo e famoso choro Flor Amorosa.
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